terça-feira, 10 de novembro de 2009

GC, o plano furado

Acontece(u) com uma pessoa bem próxima, e direi tudo com dados bem técnicos e sem citar (muitos) nomes. Começou assim, ó: ela torceu o joelho, rompeu o cruzado. Solução: cirurgia. Tem plano de saúde desde sempre - e aqui, vamos chamar o plano dela de GC, ok? Procura médico que trabalhem com o plano, ok, um ótimo médico é encontrado. E aí então começou toda a novela, que relaciona direto com a GC e todos (até agora) seus funcionários.

É engraçado a gente ver como certas companhias de serviços, que pagamos religiosamente, funcionam somente quando preciamos deles. É seguro de carro, imóvel, plano de saúde. Bateu o carro? Bom AGORA vamos ver se eles realmente são tão prestativos como no dia em que me venderam o plano. Bom, pra pessoa que contratou a GC, não são. Chegaram a ir à casa dela, mais de uma vez, e propiciaram todas as facilidades para a contratação de um ótimo plano, que cobre tudo que uma pessoa da idade dela precisa. Inclusive uma cirurgia no joelho. Muito bonito tudo isso, no papel.

E lá se vão três meses de espera desde a ruptura do joelho. SUS? Não, companheiro, plano PRIVADO, pago religiosamente, com direito a ouvir desaforo de atendente! Sim, isso mesmo. Em uma das várias ligações realizadas para a GC, a cliente ainda teve que ouvir que "não teve interesse" suficiente para agilizar a aprovação da cirurgia pela companhia do plano - a GC! Sim, a cliente é responsável pela GC não se agilizar! Faz todo sentido, não? Não, não faz. Fora que cada ligação, uma pessoa diferente, uma história diferente, uma desculpa diferente. Agora, experimentasse ela não pagar um mezinho só. No mesmo dia já ligariam pra cobrar, certo.

O que já está agendado: depois da cirurgia - que ela espera ansiosamente que ainda aconteça em 2009, o cancelamento já está programado, e a tentativa em outra empresa de saúde se consolidará. Uma que prometa os serviços e faça. Afinal, de que adianta trazer ouro no nome se o atendimento vale menos que um latão furado?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

We care a lot

Não vou utilizar muitas palavras aqui pra descrever o show do Faith no More na terça-feira, dia 3. Só algumas, e frases, chaves:

showzáço / músicas de espera anos 90 / hard rock / uma hora depois da banda de abertura / valeu a espera / showzáço / Midlife Crisis / From Out of Nowhere / Epic / Mike Patton ensandecido / showzáço / tiozinhos no palco / muitos palavrões / ducaralho, voador / mosh / bis / outro bis / mais um bis / We Care a Lot / arrebatadora / empatia total com o público / pulei feito louco / guri / sem voz / zunido no ouvido / revitalizado / showzáço


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Distrito 9



Não é de hoje que se pensa que, para fazer um bom filme, basta uma ótima ideia. Nada de grandes efeitos, atores famosos e um diretor experiente, basta competencia e a tal da boa ideia bem inserida. Distrito 9 prova isso mais uma vez. Um diretor desconhecido, Neill Blomkamp, foi quem teve a ideia. Peter Jackson (isso, aquele mesmo) foi o cara que gostou e apadrinhou o filme. Talvez, mas só talvez, se o nome de Jackson não aparecesse tão grande no cartaz e na abertura do filme, não chamasse tanta atenção ao grande público. Mas chamou, e ninguém parece se arrepender.

A historia é simples, dentro da ficção a que se acostumou os cérebros lobotomizados por hollywood: uma nave espacial empaca em cima de Johanessburgo, e os ets não tem como ir embora, são obrigados (literalmente) a descer e morar na Terra, mais precisamente numa favela imposta pelo governo e multinacionais que se convencionou chamar de Distrito 9. Não, não é coincidência do filme se passar na África do Sul, e qualquer semelhança com apartheid também não. Aliás, não só com apartheid, mas falar mais estragaria algumas ótimas sacadas do filme. Disso, a trama se desenrola no momento em que os ets estão sendo despejados para outro campo... digo, moradia, o distrito 10, "maior e melhor". É quando os caminhos do protagonista, Wikus Van De Merwe (o também desconhecido Sharlto Copley), cruza com o do alienígena Christopher e seu filho, um simpático "camarãozinho", como são erroneamente chamados os visitantes de outro mundo. Até os nomes dos personagens têm sentido com a trama - mas, azar seu, não vou contar de novo, vá ver o filme! E me pergunte depois.

Os efeitos, como já disse, são mínimos, a nave é um panorama permanente na cidade e os ets são simplistas - como devem ser. Lembra muito os primeiros e perfeitos bonecos que um outro estreante, George Lucas, fez num outro filme, um tal de Star Wars - que ninguém acreditava, e deu no que deu. A mão (e benção) de Jackson ajuda também nessa parte. A forma de filmagem é um bônus - tudo é mostrado como um documentário, onde somos convidados a acompanhar a história didaticamente, mas com muitas peças a encaixar. E os motivos do ets aqui, no planeta, são irrelevantes, pra nós e pra história do filme. Explica-se tudo isso nos primeiros cinco minutos - onde, pra mim, já valeram o ingresso. Então, deixe de ser mão de vaca (ops, desculpe o termo) e vá logo assistir.
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Capoeira


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Restituição? Hoje, só ano que vem.

Ontem deu-se a notícia de que as restituições de Imposto de Renda sofreriam um atraso de até cinco meses - ou seja, quem não recebeu até agora, pode só receber em 2010. O legal foi ver a desculpa do governo para o ato: não rendeu o suficiente para a devolução. Parô, parô, parô! Como assim, não rendeu?! Tirando fora todos os desvios, caixas dois e salários absurdos de todos que tem cargos dentro da ala política, vão dizer que os tributos retirados do salário de todos com carteira (fato, aliás, vangloriado pelo mesmo governo há pouco tempo) não foi suficiente para devolução de uma parte mínima? Ah, pára! O que retorna para o bolso do contribuinte é pouco mais de 30% do que ele recolhe. Ou seja, cerca de 70% fica com o governo... e não tem como devolver? Ah, pára (2). Mesmo com a queda de recolhimento, o tal "porcento" deixa sempre margem pra devolução, é uma questão matemática bem simples, a meu ver.

Subestimar a inteligência do povo já é praxe, e não os culpo por isso. Somos esquecidos, coniventes e - num linguajar mais popular, acomodados. Esse pequeno problema renderá mais conversas de botequins e.... só. Aguardaremos ansiosamente por março do ano que vem para termos um dinheirinho de volta - ei, de repente, paga-se o Carnaval com ele! Afinal, é só aí que o ano começa mesmo.


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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Quem se habilita?

Fãs são, com o perdão do trocadilho e da redundância, fanáticos. Mas os de Star Wars são mais do que isso. Eles são o Mestre Yoda dos fanáticos. Opinião minha: não há filme na história que renda mais participações de seguidores. E agora, inventaram mais uma - onde só o projeto já deixa o megalomaníaco de Carazinho boquiaberto. 473 fãs estão refilmando o primeiro filme da saga (Uma Nova Esperança, de 1977) conjuntamente. Cada um filma uma pequena parte do filme, de alguns segundos, e posta no site para que depois seja tudo misturado pra gente ver como ficou a "obra".

E você pode ser um deles. Isso mesmo, você aí, que semrpe sonhou fazer sua versão daquela cena onde Obi-Wan desaparece pelo sabre de Darth Vader, ou então fazer as vozes de Chewbacca e R2-D2, é a sua chance! Acesse o site que compila as cenas, cadastre-se e faça parte da história de 473 George Lucas genéricos. Mas corra, pois mais da metade das cenas já foram reservadas. Ei, isso pode até dar outro filme...

p.s.: vou refilmar a cena onde Hans Solo pede a Chewbacca para ligar os retropropulsores. Sempre quis colocar uma fala decente no peludo:

- Ah, vai te catar! Liga tu a %$#*#)#$( dos retropropulsores.


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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Brasil, você tem sede de quê?

Buenas... então o Brasil (a.k.a. Rio de Janeiro) venceu a disputa para sediar as Olimpíadas de 2016... e?

Buenas, não sei direito o que pensar sobre o resultado. Se é bom ou não para o país e eteceteras mais. Avaliações de váris frentes surgem, uma mais cabível que a outra. Foi bacana ver a festa quando o anúncio foi dado. Ali estavam políticos, atletas e todos cidadãos - a emoção maior de um país que nunca sediou uma Olimpíada. Mas sem entrar no mérito do que é "bom ou ruim" para o país - já que isso é subjetivo demais -, me atenho numa avaliação bem particular. Claro que eu gostaria de ver os Jogos e tal e coisa, mas aí vem aquele velho santinho (ou diabinho, não sei bem) de um dos mobros e diz "mas com tantos problemas no país, vamos festejar o quê?"... pois é, não sei.

Fico apenas com a ilusão (e mesma com a oficialização da Copa, algum tempo atrás) de que as algumas melhoras se perpetuarão. Melhoras físicas, as construções, melhoramentos de vias e afins, permanecerão, bem como o incentivo a esporte e modalidades não tão exercidas por aqui. Já será uma coisa boa. Isso tudo fora a (mais uma) visão que o Brasil demonstra lá fora - aí entrando também na parte econômica da coisa, claro. Enfim, várias visões, vários contras e a favor - ou seriam favores? Talvez eu seja ingênuo demais...

Que venham, Copa e Olimpíadas. Temos sede de mostrar o que de melhor podemos fazer. Só espero que, ao invés de esconder o que não se tem de bom, resolva-se. O tapete não é tão grande assim pra esconder muita coisa. E viva la vida.
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Em tempo:
pela TV, Lulu Santos faz um show (?!) pela vitória do Rio, para uma penca de gente nas praias do Rio de Janeiro... em plena sexta-feira de manhã. Quando vejo esse tipo de cena, sempre penso: essa gente não trabalha? Ou pediram licença?

-Chefe, vou ali ver a vitória do Brasil, tomar um sol, assistir um showzinho e tomar um choppinho. Volto antes das cinco e meia pra lhe entregar o relatório. Se importa se tiver areia?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Copacabana



Quando conheci o Odyr, ele era meu chefe. Mas não era um chefe como os outros que eu havia tido até então. Era um chefe colega, e que se tornou amigo pelas conversas tantas - e quase nenhuma relativas ao nosso trabalho na empresa. Havia ainda nas conversas (e na empresa) o amigo Julio, primo de Odyr, também apreciador de quadrinhos. Entre música e arte, assuntos frequentes entre nós, caíamos nos quadrinhos. Desde os americanizados super-heróis até mestres europeus, tudo fazia parte da pauta. E muitas vezes ficavam os dois, eu e Julio, embasbacados com a sabedoria do mestre Odyr... Opa, mas peraí, quando o cara se transformou em mestre?

Buenas, aprendizes que éramos, Odyr era uma espécie de Yoda pra gente, alguém que conhecia muito (mas muito mesmo) sobre quadrinhos e arte em geral. Quando achávamos que conhecíamos bastante, lé vinha o Odyr com algo novo. E assim seguimos, até que pelas andanças da vida, cada um foi para um lado - e o "lado" do Odyr foi mais longe, cruzando algumas fronteiras internas do país e aportando no Rio de Janeiro.

De lá, resumindo bem a história, voltou com um livro pronto, feito com roteiro do Lobo e suas ilustrações. Convidado para o lançamento e autógrafos aqui em Porto Alegre, fui sem pestanejar. Do reencontro com o amigo, saí de lá com a obra e, pouco tempo depois, já havia lido, analisado e concluído: mas que baita livro! A história, que envolve o panorama do bairro de Copacabana, com todos seus personagens característicos num traço pra lá de único, prende atenção até o fim, sem perder o embalo cinematográfico - ou de uma minissérie. A divisão em capítulos é o respiro que convida a continuar em seguida, no afoito de descobrir o que acontecerá com Diana, a heroína (ou anti-heroína?), com seu namorado (ou seria pseudo-namorado?) e com todo o rolo que desenvolve ela e todas as personagens nas areias, nos bares e na noite de Copacabana.

O traço - de novo, único - de Odyr dá o clima perfeito para a obra. É notória a evolução ao longo do livro, feito em muitos meses, cada capítulo desordenada e propositalmente. As imagens noturnas, minhas preferidas, abusaram do autor suas sombras e nuances, e a dramaticidade crua das cenas do submundo, mostrando sua realidade em preto-e-branco - com o perdão do trocadilho. Uma obra em quadrinhos obrigatória, enfim.

Deixo por último um pedido ao amigo Odyr: queremos mais! Enquanto isso, ainda me divirto com uma ilustração feita há muito tempo, dos tempos da Av. Ipiranga...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Maguila, direto

A frase:

"Esse Rubinho só atrapalha. Não ganha nada e ainda cria problema. Quase matou o Massa. É foda".



Comentário de Adílson Maguila Rodrigues sobre o acidente de Felipe Massa. Na comparação em tom de brincadeira do pai do piloto, Felipe teria recebido um impacto igual ao de um soco do ex-pugilista brasileiro. Mas Maguila se defende: "No auge da minha carreira, meu soco chegava a 280 kg. Era o segundo mais potente do mundo. Só o Foreman batia mais forte do que eu". Ele gostou de ser lembrado pelo pai do piloto, mas disse que não é hora de brincadeiras com o estado de Felipe Massa. "Que Deus o abençoe e a toda a sua família. São todos gente muito boa. Ele tem de ficar bom logo para brilhar nas pistas", finalizou.

Poucas pessoas são tão sinceras.... e diretas, com o perdão do trocadilho.
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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Centenário

"Parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida..."
Obrigado, obrigado...
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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Elas dispensam a salsicha


Modelos da Playboy servem cachorros-quentes vegetarianos em Washington, no almoço promovido pela organização PETA, aquela, defensora dos animais, onde celebridades aproveitam para fazer a sua parte (deles, não sua, não se preocupe). O "evento" aconteceu em frente ao Congresso dos Estados Unidos. As modelos usaram biquínis que imitam folhas de alface, caso você não tenha notado. Não notou? Olha:


Pergunta: essa moça foi escolhida pela palavra "respect", né?
É, eu também acho.
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Esses bruxos...

"Ator de Harry Potter vai a julgamento por cultivo de maconha"

O ator britânico Jamie Waylett, 19 anos, chega a tribunal no centro de Londres. Waylett, que interpreta o personagem Vincent Crabble nos filmes da série Harry Potter, é acusado de cultivar dez pés de maconha



Possível desabafo do rechonchudo ator (favor imaginar sotaque britânico):
- Bloody hell! It's only 10!! Did you see how many Harry... I mean, Daniel has?! I tell you: a lót!! It's too much pressure doing this movies without a good line in any!! No, just doing my fluffy stuff. I'm just the fluffy guy, go boring another one. Maybe Ruppert or Emma! I don't wanna go to Azkhaban, please! Mom?!
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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Eu, um livro

Buenas, me lembrei desse teste de livro que já tinha lido sobre e ainda não tinha feito... Qual livro nacional sou eu? Pois bem, agora foi. E o resultado é...

"Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis
Ok, você não é exatamente uma pessoa fácil e otimista (ah, sou sim!), mas muita gente te adora. É possível, aliás, que você marque a história de sua família, de seu bairro... Quem sabe até de sua cidade? Afinal, você consegue ser inteligente e perspicaz, mas nem por isso virar as costas para a popularidade - um talento raro. Claro que esse cinismo ácido que você teima em destilar afasta alguns, e os mais jovens nem sempre conseguem entendê-lo. Mas nada que seu carisma natural e dinamismo não compensem."Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881) é considerado o divisor de águas entre os movimentos Romântico e Realista. Uma das expressões da genialidade de Machado de Assis (e de sua refinada ironia), há décadas tem sido leitura obrigatória na maior parte das escolas e costuma agradar aos alunos adolescentes. Já inspirou filme e peças de teatro. É, portanto, um caso de clássico capaz de conquistar leitores variados. Proezas de Machado.

Se concordo? Claro, como em todos os 347 testes que já fiz na vida, que ajudaram a moldar minha personalidade. Tá, mas é divertido. Quer se conhecer? Clica aqui e vai!!
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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Vamo que vamo!!

Considerações pós-eliminação:

... ao menos o Krieger caiu junto;
... ao menos foi depois de uma derrocada na beira da praia (ou seria do rio?!) do co-irmão;
... ao menos provou pro Autuori que Herrera > Alex Mineiro;
... ao menos essa diretoria sonsa se move (agora);
... e ao menos "eles" são só campeões morais (de novo)!

Que venha o Brasileirão!!!

Vamo, vamo, tricolor!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Artigo sobre o diploma

Requiem por um diploma
por Zélia Leal Adghirni *

Como professora de jornalismo na Universidade de Brasília há mais de 15 anos e como jornalista que fui durante duas décadas, no Brasil e no exterior, senti-me indignada com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de extinguir a obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional do jornalismo. Considero o voto dos ministros do STF uma afronta aos jornalistas e uma ofensa à sociedade. Basta ouvir os argumentos dos magistrados para perceber o total desconhecimento desta área. Eles acreditam ainda que o jornalismo é “uma arte” (comparada a uma arte gastronômica, segundo o ministro Gilmar Mendes) e “uma vocação”. Em tempos de jornalismo digital, quando as tecnologias de comunicação colocam novos e inquietantes desafios para os profissionais, oito ministros do STF recuaram dois séculos para decretar o fim de uma profissão historicamente construída, com seus valores éticos, sua ciência e suas técnicas. Nos séculos XVIII e XIX escritores renomados como José de Alencar e Machado de Assis publicavam artigos na imprensa. Mas não por isso se consideravam jornalistas. Foi preciso que surgisse João do Rio, o primeiro repórter brasileiro, para mostrar que a reportagem de rua era mais importante para a sociedade do que a crônica literária de autor.

Afirmar que a exigência do diploma é um entulho do regime militar é um falso argumento. A luta começou bem antes do golpe militar de 1964. Que a profissão tenha sido regulamentada em 1969 é uma mera coincidência. A primeira tentativa de regulamentação da profissão de jornalista foi um decreto do então presidente Jânio Quadros, em 1961. O decreto se referia a uma regulamentação explícita de 1938 (Getúlio Vargas) que determinava a criação de escolas de preparação ao jornalismo, destinadas à formação de profissionais de imprensa. A Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda, foi o primeiro jornal a contestar a medida. Não faltaram juristas para refutar a decisão e o argumento usado para a inconstitucionalidade foi a falta de tramitação no Congresso. Um Congresso que agora, com raras vozes de exceção, calou-se diante do STF. A sociedade também não foi ouvida, não houve audiência pública. A decisão dos ministros, quase por unanimidade, foi autoritária e retrógrada.

O Brasil tinha uma das legislações mais justas em relação ao acesso profissional, firmada no ensino universitário e abalizada pelos órgãos da categoria. O recém-formado entrava no mercado com um preparo básico que seria aperfeiçoado nas rotinas produtivas do ofício, como os médicos e os advogados.

Todas as profissões se institucionalizaram através das práticas e do acúmulo de saber que proporcionam a pesquisa contínua e a permanente recriação de instrumentos de trabalho. Se as demais profissões exigem formação especializada, por que o jornalista nasceria pronto, com talento inato? Já dizia Jospeh Pulitzer, o “pai” do jornalismo moderno, que “a única posição que um homem pode triunfalmente atingir pelo simples fato de ter nascido, é a de idiota”. Para qualquer outra, “some training is required”. O argumento de que em outros países não há necessidade do diploma demonstra total ignorância do tema. Os meios de acesso ao profissionalismo são extremamente filtrados e obedecem a critérios muito mais complexos que os nossos. Na França, por exemplo, o interessado deve provar diante de uma comissão de especialistas que o jornalismo é sua principal fonte de renda.

Se, a partir de agora, o registro de jornalista no Ministério do Trabalho "perdeu o sentido", assim como todos os outros aspectos que regulamentavam a profissão, é preciso definir os critérios para a contratação de profissionais. As empresas dizem que será dada preferência a quem tiver passado por uma boa escola de jornalismo. Serão estabelecidos critérios para as 400 escolas de jornalismo do país para saber quais são as boas?

Outra falácia é confundir liberdade de expressão com liberdade de profissão. A figura do colaborador já existia na antiga legislação. São especialistas convidados pelas mídias, que publicam artigos e comentários nos espaços de Opinião, remunerados ou não. Assim, podemos ler artigos do ex-ministro Jarbas Passarinho, da socióloga Barbara Freitag, do médico Dráuzio Varela nas páginas mais nobres da imprensa, dentro dos gêneros opinativos (os acadêmicos trabalham com a tradição dos gêneros opinativos e gêneros informativos, conceitos elaborados pelo professor Jose Marques de Melo (Cátedra Unesco de Jornalismo) em sua extensa obra universitária.

A Fenaj nunca se opôs a estas colaborações muito bem vindas, mas o exercício profissional no cotidiano é o outro. Os especialistas colaboradores aceitariam ser “repórter por um dia”? É o repórter, quase sempre anônimo, que vai para a rua gastar a sola do sapato na Esplanada dos Ministérios, na Favela da Maré, na cobertura da entrevista coletiva à imprensa, na greve dos operários, nos acidentes de trânsito e assim por diante. O jornalista sabe que neste oficio há mais transpiração que inspiração. Só o jornalista, como mediador, pode organizar o caos, selecionar e divulgar tudo aquilo que quebra a superfície lisa do cotidiano para transformar acontecimentos em notícias.O resto é amadorismo.

Que o luto de hoje se transforme em luta, é o que desejo aos alunos de jornalismo a partir de agora.

* Zélia Leal Adghirni é jornalista e professora de jornalismo na Universidade de Brasília.
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sexta-feira, 26 de junho de 2009

MJ

Artista, ídolo, confuso, criança, louco, mestre pop...

Um dos meus primeiros ídolos musicais...



Um gênio

Hasta, Jacko!
Valeu!
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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sobre o STF

Reproduzo aqui considerações do meu amigo, hehehe (risada Roberto Carlos), Leandro Demori. Concorde ou não, caro leitor, o fato é que está ótimo!

STF derruba exigência de diploma para jornalistas

“O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, 17, que jornalista não precisa ter diploma para exercer a profissão. Por 8 votos a 1, o STF derrubou a exigência do diploma de jornalismo. Essa obrigatoriedade tinha sido imposta por um decreto-lei de 1969, época em que o País era governado pela ditadura militar.”

Considerações 5-minut no twitter:

. Agora que caiu exigência do diploma, todo mundo vai querer ser jornalista pra ganhar milhões.

. As empresas, claro, irão contratar semi-analfabetos para escrever nos jornais (ops, isso algumas já fazem).

. “Agora um padeiro pode roubar o meu emprego?” Se depois de 4 anos na faculdade tu escreve pior do que o padeiro, sim.

. “Mas o padeiro VAI querer roubar o meu emprego?”. Não.

. “Sem diploma nossos salários serão horríveis!”. Claro! O diploma é que garantia o teu salário de marajá, agora fodel!

. Fim da vida mágica nas redações, dos altos salários, da baixa carga horária e da proteção da classe.

. “E agora, a faculdade de jornalismo não serve pra nada?”. Minha filha, é AGORA que serve (ou não, depende dela).

. “E o sindicato dos jornalistas, se tornou obsoleto?”. Pergunta com 30 anos de atraso (mas talvez agora se torne útil).

Viva o gordo

Ouvi agora, a melhor de hoje (ou de ontem):

"A felicidade é um centroavante gordo e um empate magro"

"Não entendi"
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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Alerta amarelo...

Obama mata mosca durante entrevista na TV

Presidente americano se incomodou com o zumbido do pequeno inseto

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama matou uma mosca durante entrevista a John Harwood, da rede de TV CNBC. Obama se incomodou com o zumbido do pequeno inseto e desferiu um golpe certeiro na mosca, que caiu morta ao seu lado. Depois, Obama se orgulhou de derrubar o "inimigo voador".
— Não foi impressionante isso? Matei o bicho. Quer filmar? Está bem ali — apontou.

As informações são do site G1.

Espero que pare por aí, tio Obama...

Aprenda como pedir emprego


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Medo de avião

Pra quem me conhece, sabe que meu medo de voar de avião vem de berço, literalmente. É um medo absurdo, bem sei, estatísticas comprovam que é mais perigoso viajar por terra do que pelo ar, acontecem poucos acidentes e por aí vai. Enfim, já viajei de avião, e o medo hoje é controlável, tranquilo, desde que com um calmante no estômago. Aí acontece um absurdo como o voo Brasil-França.

Um acidente mal explicad0, daqueles que fazem pensar muito em como isso foi acontecer. Da falha mecânica à imprudência do piloto, nada é descartado. Acho que o que virá à tona é a explicação mais plausível e menos assustadora. Não haverá certezas, creio, e sim teorias que serão compradas como certas, na falta de algo mais concreto.

Triste ver as famílias na procura de informação, algum alento que diminua um pouco a dor da perda. E a nós, que não somos parentes, a solidariedade e a procura por explicações de motivos que nos aliviem do medo de viajar. Sim, falo baseado em mim, mas penso em quantas pessoas pensarão duas vezes antes de confiar novamente num A330 numa viagem internacional.

Viajarei de avião mais vezes, claro, muito mais, confiando no piloto, que não está ali por acaso, no avião que foi testado e retestado e principalmente na minha fé, que sempre me acompanha da decolagem ao pouso. E o calmante, sempre no estômago.
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sexta-feira, 15 de maio de 2009

É show, é jogo, é o fim-de-semana

Buenas, queridos 4.584.231 leitores!
(tá bom: oi, mãe!)

Tchê, semana cheia - socialmente falando. Sho na terça, jogo classificatório na quarta... Com os ouvindos ainda zunindo pelo volume das guitarras de Noel Galagher na terça-feira, volto acá para uma pequena descrição dos acontecimentos...

Showzáço já definiria bem. Fui com a certeza que veria os birrentos, marqueteiros e genais Gallagher & Cia numa performance típica - entenda-se ótima. Não me decepcionei. Desde a abertura até o encerramento do show o Oasis foi o Oasis de sempre: competentes e barulhentos. A abertura com Rock n Roll Star deu a letra do que seria o setlist - e for algumas faixas que poderiam ser substituídas, não comprometeu. Live Forever não apareceu, mas o encerramento com I'm The Walrus foi simplesmente sensacional.

Ficou na memória. Porto Alegre têm tido sorte em receber bandas como Oasis e R.E.M., e espero que continue assim. Pra eu ver, só faltaria agora o Foo Fighters - se eles voltarem. I'll be waiting.

O jogo do Grêmio, esse sim foi morno. O aguaceiro não ajudou, mas o time jogou no protocolo: classificado, poucas chances de gols com duas aproveitadas. Suficiente, quartas-de-final e que venha São Paulo ou Cruzeiro, wherever. Autuori chega na segunda-feira com tempo de sobra pra ajustar o time à sua maneira para o jogo de volta. Para o de ida, daqui a 15 dias acho que é muito cedo para avaliação.

Antes disso, há um último jogo do Grêmio com Rospide, o técnico "quase 100%", enfrentando justamente o Roth no Atlético mineiro. Quero só ver. Imagina se o Roth ganha? Pra não correr riscos, o tricolor gaúcho vai com o time titular (bom mesmo, chega dessa palhaçada de colocar reservas) pra sair de lá com três pontos. Ganhar fora foi uma das fórmulas que o Grêmio acertou no ano passado quando quase chegou lá.

Que a sexta-feira acabe logo, quero sábado e domingo. Lembrar do show, torcer pelo tricolor.

"Agora foi!"
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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Agora, é?!

Buenas, antes de mais nada: DÁ-LHE GRÊMIO!!!

Pronto.

Ontem, durante a partida do tricolor gaúcho pelas oitavas de final da Libertadores, o narrador comentava da possibilidade de o Grêmio pegar, na próxima fase, não o Caracas ou Cuena, e sim Sport ou Palmeiras. A explicação da federação responsável é para não acontecer como na Libertadores que o Inter ganhou do São Paulo, de ter dois brasileiros na final. Só agora vão pensar nisso?! Se tem cinco times de um mesmo país, a possibilidade de ficarem espalhados nas chaves e que aconteça esse cruzamento não é improvável. Pelo contrário. Acho que não contavam que iriam (vejam só!) os cinco para a próxima fase, eliminando 16 times de outros países. Agora aguenta!

Como só o Palmeiras e Sport (que se eliminam) ficaram do outro lado das chaves que se enfrentam antes da final, a solução seria passá-los antes disso acontecer. Será que a organização é tão desorganizada assim?

Wherever: venha o que vier, o Grêmio tem que passar por cima, e era isso. Vamo que vamo e dá-lhe Grêmio!!!

"Now we're cool, man... digo, chico"

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domingo, 3 de maio de 2009

Fake

O assunto não é novo, mas recorrente. Essa coisa de nos americanizarmos na língua funciona de uma maneira meio caótica, não? Veja bem: utilizamos diversas palavras estrangeiras para uma pá de coisas, como fake (falso), deletar (apagar), start (início, começo), link (ligação, vínculo) e mais alguns tantos. É fato que a informática ajudou nisso, e é até justo, mas

- Então vamos dar o start na campanha
- O fulano tem que ter expertise
- Acho que esse twitter é fake
- Me manda um scrap pra me avisar

Aaaahhh!! Povo, temos palavras diversas na nossa língua para tudo isso! Sério, juro! Não se assustem, as mudanças na ortografia não apagaram palavras ou significados - continuam todos lá.

Mas o caótico está - e aí chego então ao ponto que quis escrever esse post -, no fato de que, para outras coisas, não utilizamos as palavras originais, quando deveriam ser. Me refiro aos nomes dos filmes estrangeiros. Ontem assisti Fim dos Tempos, e descobri que o título do filme é muito mais legal: The Happening. O Acontecimento, muito melhor, e muito mais a ver com o que o filme apresenta - até os diálogos teêm gags que relembram o nome do filme o tempo inteiro.

Why, WHY?!?!

Se é pra traduzir, traduz mesmo, não façam essas coisas aberrantes para chamar atenção. Se não der pra traduzir, não ponham subtítulos. Até o Pulp Fiction ganhou um, acho que por não saberem traduzir o original, então ganhou Tempo de Violência. São títulos pra imbecis. Jurassic Park... o Parque dos Dinossauros, aaahh, tá!! Filmes de "comédia" e "terror" são os mais aptos, e normlamente o que era um título até bacaninha para um filme, vira pastelão - e explicam a trama em duas linhas. Mas os exemplos são para todos:

- The Hangover - Se beber, não case (ah, entendi!)
- Last house on the left - Terror na casa do lago (já vi esse, eu acho)
- Dance flick - Ela dança com meu ganso (morri!)
- The ghosts of girlfriends past - Minhas adoráves ex-namoradas (hã?)
- The uninvited - O mistério das duas irmãs (pqp)
- Lars and the real girl - A garota ideal (e o filme até parece legal...)
- Last chance Harvey - Tinha que ser você (ok, somos imbecis!)

Os exemplos citados são poucos, ínfimos, mas dá pra ter uma idéia do que fazem conosco: nos tratam como imbecis. Vejam os ítulos fáceis, tirados de gaveta depois de espanar o pó. Não se dão conta de que, além de retirar parte da obra mudando seu nome, ainda confundem? Terror na casa do lago deve existir uns quinze, com poucas variações, como Terror no chalé do lago, Terror na casa da praia, Horror na casa do lago, Terror na casinha de boneca na praia do horror e por aí vai. Um horror mesmo. Imaginem o contrário, fora das terras brasilis fazendo isso com nossos filmes? Cidade de Deus vira The childs that kilss on the Favela, ou então o Bicho de Sete Cabeças torna-se Going crazy. Legal, né?
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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Saúde!

Me dei conta que minhas preocupações com assuntos públicos se dão mais em termos mais abrangentes, cruzando fronteiras além rua. Não sei se é meu espírito de enxergar além do meu (grande) nariz, e também não sei se isso é bom ou ruim, só sei que me dei conta disso. Os mendigos que ficam à calçada me dão tristeza, mas é uma tristeza comedida, uma coisa que não sei bem explicar, ela some em seguida, e me deixa consternado, e aceito. Não gosto nem um pouco, me entristeço, e aceito. E parto para preocupações mais distantes, alcançando um planeta inteiro, como os testes de fusões que não levará a nada, a não ser, talvez, um pequeno big bang, ou então aos trocentos protocoloes de Kioto que insistem em não seguir.

Agora, por exemplo, a gripe dos porcos. Primeiro, pensei que seria mais uma "aviária", que apesar de existir já não causa calafrios globais. Lembro de ficar com muito mais medo do ebola, o tal vírus criado pro exército que quase fugiu do controle. A pandemia já está instalada, ao menos nas mentes de todos. A preocupação é extrema - não se pode nem dizer "saúde" se alguém espirrar perto. O negócio é fugir. Aí vem a minha mente de novo: isso vai passar, não será nada de muito grave (em termos mundiais, claro), e com certeza teremos tudo sob controle... até a próxima. O que me deixou bastante abatido foi ouvir a notícia de uma criança, nem dois anos, tão frágil, vítima do tal vírus. Não conheci, nem conheceria, mas só a idéia de que alguém com tão pouco tempo de vida tenha partido me entristeceu.

Talvez assim seja a mídia, procurando sempre um meio de chocar: porque, em meio a tantas vítimas, falar de uma criança? Não tiro o mérito da informação, a procura por acalmar a população, orientar e tudo o mais. Talvez isso sirva para nos lembrar que somos, sim, frágeis, que uma gripe, seja de qualquer animal, pode nos derrubar, e que aquele homem dormindo na calçada corra tanto risco quanto os habitantes do México. Talvez seja eu, que não deveria pensar tanto nisso, e que nem deveria estar escrevendo isso... mas quis dividir essa pequena angústia. Amanhã é outro dia, e será melhor. E caso você espirre, saúde, de verdade.
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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sutiã, esse salvador!

As notícias populares são as mais engraçadas, sempre. E algumas não servem só para divertir, mas também... para pensar, vejam só! Como essa aqui:

Metal de sutiã desvia bala em assalto, diz polícia dos EUA
24 de abril de 2009 • 07h40

Uma americana que foi atingida por um disparo sobreviveu graças ao aro de metal de seu sutiã, informou a polícia de Detroit.
Em entrevista ao jornal Detroit News, os policiais disseram que o aro de metal do sutiã desviou a bala.
Uma mulher de 57 anos, cujo nome não foi revelado, estava observando pela janela um assalto à casa de seus vizinhos. Ela foi atingida por um tiro disparado por um dos assaltantes.
A bala estilhaçou a janela, mas não atingiu a mulher graças ao metal do sutiã. Segundo a polícia, a mulher ficou ferida e foi levada ao hospital, mas recebeu alta no mesmo dia.
O crime aconteceu na terça-feira na região oeste de Detroit. Os bandidos conseguiram fugir.
"Nós precisamos de alguns coletes a prova de balas com este material. É um metal muito resistente", disse o policial Eren Stephens Bell ao jornal de Detroit.



Questões a se pensar:

1) Como a polícia nunca pensou em sua tropa utilizar sutiãs ao invés de coletes à prova de balas? Eu digo durante a patrulha.

2) Bacana, a mulher foi lá ver os vizinhos serem assaltados - ajudar que é bom...

3) Às mulheres, não andem mais peladas em casa. Ou não sejam curiosas. Homens que não usam sutiãs, longe das janelas, por favor.

4) E da notícia... eu queria saber dos vizinhos, se também foram salvos por sutiãs!


"Tô protegido"

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terça-feira, 21 de abril de 2009

Autuori vem, mas só em maio

E continua a lambança! O cartolas querem porque quertem o Autuori, descartando Renato Portaluppi, ídolo da torcida e preferido do eterno presidente Fábio Koff. Vem Autuori, os árabes não deixam, então vem Renato, mas dirigentes não querem, vem ninguém, deixa o Rospide, que tem 100% de aproveitamento em dois jogos... ô novela! A Globo não faria melhor. Agora, parece, a definição atontece, mas não é a melhor notícia - ao menos, é arriscado.

Confiando no interino, o tricolor gaúcho deixará o técnico Rospide até a vinda de Autuori, que será somente dia 21 de maio - daqui um mês. Enquanto isso, teremos a última rodada da primeira fase da Libertadores (por laranjas), as oitavas (infarto) e as duas primeiras rodadas do Brasileirão. No total, Rospide treinará o time por mais cinco jogos. Conseguirá ele manter os 100%? Não percam o próximo capítulo da novela "Tu, Autuori, tu".

Aguenta, tricolor!
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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Vamos falar de futebol

Na próxima terça-feira, dia 28 de abril, tem jogo em Porto Alegre. Última rodada para o tricolor gaúcho passar adiante com uma certa sobra para a próxima fase da Libertadores. Ainda sem técnico (por mim, Portaluppi já estava lá!), mas com o time se acostumando... uns com os outros. O Souza até passa pros castelhanos agora!! Vamos ver o que nos aguarda...

E sim, passei um tempo sem postar, mas agora, voltei, voltei! Depois de fissurar em Lost, bem atrasado, resolvi adiantar para tentar alcançar a quinta temporada - estou quase lá! E de volta pra cá, também.

Pelo menos até hoje.

p.s.: acharam que eu ia falar de outro time da capital, né? há!
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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Foi-se o Roth

Então, é isso. Outro grenal perdido, de novo com Índio decidindo... mas dessa vez, ah, dessa vez alguma coisa mudou. Foi-se o Roth. Com a eliminação do gauchão, depois de perder de quatro (ôpa, ôpa) para o Caxias, perder para o arquirival (de novo) e insistir em colocar reservas para jogar, Roth perdeu o cargo, o bom salário e o prestígio (?) que poderia alcançar. Agora, é ver como o Grêmio se sai amanhã contra o Aurora, pela Libertadores, campeonato que ainda dá tempo de salvar, ter um técnico decente para, sei lá, de repente, chegar à final... e ganhar, tchê!!

Ressalva da mídia: ontem, escutando o jogo pelo rádio, não pude deixar de me envergonhar pela profissão de jornalista. Com a virada do Inter sobre o tricolor, os comentaristas, narradores e afins já decretaram que Roth não era mais o técnico - com o jogo correndo, sem aval de diretoria. E até citaram o nome do próximo técnico - que eles gostariam, claro. Antes disso, malhando o técnico de tal forma que deu a entender que quem não queria o homem no cargo eram eles, os jornalistas, e não a torcida ou os dirigentes. Claro, deve valer a pena para depois encher a boca e dizer "a rádio tál deu com exclusividade essa informação antes". Essa é uma grande falha, a prepotência de quem é responsável por transmitir e até opinar, não decidir. A pressão é muito forte, e acabam criando situações constrangedoras sem que elas precisassem existir. Enfim, Roth está fora. Agora é aguardar quem será (ão) o(s) próximo(s).

Para aliviar a tensão, uma notícia leve da mídia feia má e bobona:

Da redação do Terra:

Juiz volta pênalti e dá amarelo por gases

Um árbitro de futebol britânico mandou um jogador repetir um pênalti, depois que um dos adversários teve um ataque de flatulência no momento da cobrança - o "agressor" ainda foi punido com o cartão amarelo.
O drama inusitado aconteceu neste domingo nos arredores de Manchester, no norte do país, na partida entre o Chorlton Villa e o International Manchester FC, pela liga Manchester Publicity.
O árbitro justificou o cartão por "conduta não-cavalheiresca". Na segunda tentativa, o Chorlton Villa converteu a penalidade e acabou vencendo o jogo por 6 a 4.
O técnico do Villa, Ian Treadwell, saiu em defesa de seus comandados, afirmando que normalmente a conduta deles é exemplar. "Um dos nossos jogadores soltou gases e só o juiz ouviu e deu o cartão", disse Treadwell. "O outro jogador perdeu o pênalti porque bateu mal. Não teve nada a ver com qualquer barulho. Eles mesmos ficaram tão chocados como nós pelo motivo."
O técnico afirmou ainda que espera ser contactado pela Football Association, a federação de futebol da Grã-Bretanha, depois que a entidade receber a súmula da partida.
O Chorlton Villa vai ter que pagar 97 libras, o equivalente a R$ 319 por ter sido punido com três expulsões e dois cartões amarelos. "Não jogamos sujo e gostamos de jogar futebol. Não somos coniventes com as atitudes de jogadores, mas esse é um jogo de emoções, e alguns dos jogadores foram expulsos por conversarem com o juiz", disse Treadwell.
Ele lamentou que o episódio tenha acontecido justamente no momento em que o time está sem patrocinador e em busca de um para a próxima temporada. Uma representante do clube adversário, International Manchester FC, afirmou que o clima da partida foi amistoso. "Não houve animosidade. Foi hilariante", disse."

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segunda-feira, 16 de março de 2009

Watchmen, o filme


Por onde começar um texto sobre o Watchmen, o filme, sem parecer óbvio? A saída da sala de projeção é composta por pensamentos comparativos do filme com a série original nos quadrinhos, com outros filmes similares de homens fantasiados, da estética naturalmente homenageada às ilustrações originais, as teses de discussão que o filme causa... é muita coisa, ordenar tudo isso é difícil. Zack Snyder conseguiu, de novo, fazer uma adaptação fiel aos quadinhos sem estragar o filme. Foi assim com 300, escrito e ilustrado por Frank Miller e fielmente transposta às telas pelo diretor deste Watchmen. Mas agora ele foi além, e conseguiu não deixar zangados fãs mais afoitos da série, tida por muitos como uma obra-prima definitiva dos quadrinhos. Bom, eu também acho.

Vale ressaltar, primeiramente, que tanto os quadrinhos quanto o filme não são "de super-heróis", e sim "sobre super-heróis". (Peço pausa: como é redundante falar "tanto filme quanto quadrinhos", nesse caso, falarei só Watchmen, ok?). Continuando: a origem dos super-heróis da trama é convincente, crível no sentido de que eles estão no mundo real, ou o mais próximo disso. O ano é 1985 e Nixon é o presidente pela terceira vez. Os Estados Unidos vivem a crise do petróleo (1985?), uma guerra nuclear com os russos é iminente, e os ditos heróis estão proibidos. E precisamos deles? A resposta pra essa e outras questões que se apresentam durante Watchmen com maestria pela fidelidade da trama, pelo bom desempenho do elenco (a maioria desconhecidos do grande público) e, claro, pela mão firme e fanática (de fã, não pensa bobagem) de Snyder. Destaque no elenco para Jackie Earle Haley, o psicótico detetive Rorschach, (Batman?) que narra parte da história, e Billy Crudup, como o poderoso Dr. Manhattan (Super-Homen?). Brincadeiras à parte, atente às semelhanças que cada personagem guarda com outros, mais conhecidos, como os já citados Batman e Super-Homem. Coruja, outro herói de Watchmen, é um milionário que tem seu esconderijo que mais parece uma caverna, um meio de transporte altamente tecnológico e... bem, uma capa e só sai à noite, como uma coruja - ou um morcego. O que resta é a crítica. Qual o motivo deste sujeito em sair espancando criminosos? Tinha dinheiro, e vontade de fazer isso. Não, os pais não foram assassinados e não tem nenhum parceiro mirim por perto. O Comediante, o primeiro personagem que somos apresentados, é a linha que amarra todo o filme. Um homem tosco, patriota, inescrupuloso e fanfarrão. A cara do seu país. A "grande piada", uma das gags sensacionais que permeiam a narrativa, e que ele apresenta ora com remorso e tristeza, ora com gargalhadas e cinismo, é o retrato de Watchmen. É o autor brincando com seus interlocutores - ou apresentando de forma nada sutil o que pensa sobre heróis, política, capitalismo, guerras e o escambau.

Esqueça se quiser ler/ver Watchem como uma história de pancadaria entre super-heróis e super-vilões. Não é. As implicações sociais, políticas e humanitárias estão intrínsicas no filme - os colantes são um pano de fundo. Tudo isso é obra do mestre Alan Moore, um quadrinista exótico dono das melhores histórias em quadrinhos dos últimos tempos, incluindo aí dos heróis de praxe. V de Vingança, outra obra adaptada aos cinemas, também é dele. Mas aí os irmãos Wachowski mudaram bastante para o filme. É por essas e por outras que ele nunca aprova adaptações de suas histórias. E não assiste a elas. Nunca. O motivo é bom: ele as pensa para quadrinhos, ponto. Não deixa de ter razão - mas que Watchmen ficou uma maravilha, ficou!

Algumas partes da história do original foram supridas para o filme, por conta de tempo, principalmente. O filme já tem quase três horas, e o que foi deixado de fora não imposrta muito, apenas subtramas que enriquecem a obra, mas não compromete na falta. E parece que sairá uma história paralela no DVD do filme (ah, o capitalismo ianque!). Os quadrinhos são compostos por 12 edições, e acaba de sair no Brasil a versão definitiva da obra, bem cara, mas parece ser muito boa. Já tenho os originais, e terei que me $egurar por enquanto, mas fica a dica: veja o filme e leia os quadrinhos, se ainda não o fez. Imperdível. E você nunca mais verá os (super)heróis do mesmo jeito.

E... Moore, sei que você acabará por ver o filme. Finja não ter gostado, tudo bem, mas não perca a oportunidade. Se precisar de um disfarce, a máscara de Rorschach é uma boa dica.
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quinta-feira, 12 de março de 2009

Finalmente, um alento


Ok, não foi o jogo da salvação, muito menos o jogo da confiança total - os gremistas ainda tem ressalvas, claro, mas qual o time que não tem? Ou você acha que a maratona de informações sobre o Ronaldo Fofômeno acontece porque sabiam que ele faria esses gols? Ah, pára!

Voltemos ao tricolor. Foi superior, como deveria. Jogou bem melhor, como deveria. Perdeu vários e vários gols, de novo, como não podia! Caramba, Jonas, três bolas no mesmo lance? Eu sou um dos piores jogadores de futebol de todos os tempos, não participo nem de pelada com amigos pra não passar vergonha, e não envergonhar meus amigos por terem me convidado. Mas aquele gol eu faria. Eu, trave, bola no pé, sem goleiro... ou é gol ou... pô, ou é gol!!

Bom, ao menos ganhamos, e vamos adiante. Nos dois jogos até agora, o Grêmio se mostrou superior e com qualidades para chegar longe no campeonato. Assim espero. Ah, e quem queria que o Roth saísse ontem, ele é o que mais está rindo sozinho - e confiante, ele e o time. Periga ter perdoado Jonas e, talvez, dê até mais chances pro cara. Merece, afinal, embora não tenha acertado onde deveria, as jogadas e arrancadas foram de qualidade. Faltou o gol.

Saiu um só. Pra ontem, bastou. Queremos mais.

Dá-lhe Grêmio!
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terça-feira, 10 de março de 2009

Crise chega aos Simpsons

Impossível não postar essa notícia - ainda mais com meu garoto-propaganda aí do lado...


Do Terra

Simpsons perdem a casa por causa da crise financeira nos EUA


Em uma paródia sobre a crise econômica mundial, a família Simpsom perde a casa por falta de pagamento da hipoteca. Isso aconteceu no último episódio da série exibido nos Estados Unidos.No episódio, a família recebe uma carta na qual é comunicada que sua hipoteca mudou para um tipo variável, um dia após terem feito uma festança de Carnaval financiada com um crédito conseguido com o imóvel. A casa da família acaba nas mãos de Ned Flanders, o comportado vizinho de Homer Simpson, que aluga o imóvel aos antigos proprietários para não deixá-los na rua.

Quando será que Obama aparecerá no seriado? Será que ele devolverá a casa do patriarca Homer? Será que com o inve$$timento nas montadoras Homer finalmente trocará aquele carro caindo aos pedaços?

Simpsons, sempre ótimo.
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segunda-feira, 2 de março de 2009

Operação Valquíria


Reza a lenda que os filmes do Tom Cruise seguem um roteiro sempre adaptado para o próximo: ele é um canalha (ou algo próximo a isso), sofre um duro baque na vida e depois se regenera até a redenção no final do filme. Realmente, têm sido assim nas suas últimas incursões cinematográficas. Assisti Operação Valquíria e, graças, esse estigma parece ter quebrado. O baque que ele sofre é logo no início do filme, mas ele não é um canalha - ao menos, não o canalha de sempre. Arrependido por ser um seguidor de Hitler, ele entra num plano final de outros que pensam como ele para tirar o bigodinho do poder, e reerguer a Alemanha antes que o pior aconteça. E o pior, sabemos, aconteceu.
A atuação de Cruise é sempre a mesma, contida, o olhar obstinado, mas se supera nas partes do corpo que ele perde - não pensa bobagem, leitor, é o olho, uma mão e alguns dedos - e faz questão de mostrar (ou não!) no filme. Há, inclusive, cenas ótimas que ilustram bem esse fato. Não vou entregar, vá ver o filme. O bom elenco ainda conta com Kenneth Branagah, Bill Nighy, Terence Stamp e o sempre ótimo Tom Wilkinson. O que faz o Hitler, o desconhecido David Bamber, sinceramente, é fraco - depois de A Queda, acho difícil aparecer outro ator que faça um personificação impecável do Fuhrer como Bruno Ganz.
Voltemos à Valquíria. O que fica de maior mensagem é a humanização dos alemães, rotulados como nazistas durante muitos e muitos anos. Não dá para culpar quem acusa, nunca, mas como diz um velho ditado, toda unanimidade é burra. Uma das frases que mais emocionam no filme é quando um dos generais que quer tirar Hitler do poder diz que "temos que mostrar ao mundo que não somos todos como eles". Resume a orientação do filme e seu objetivo para o espectador - mostrar que nem todos os alemães eram seguidores do nazismo, e que não eram somente coadjuvantes passivos da obstinação de Hitler. Ainda que o intuito inicial tenha sido um insucesso, a vontade desses homens - e de muitos outros, foi cumprida a duras penas.
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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Gaúcho da ZH

Sempre imaginei em como tirar sarro desta figura onipresente que a Zero Hora sempre acha pra colocar em alguma página matutina. Conseguiram bonito. Seja fazendo cocô na Muralha da China, seja caindo bêbado em algum pub londrino, lá está o gaúcho, personagem certeiro de muitas histórias que a ZH nos presenteia todo dia...

Gaúcho na Zero Hora

Dá uma olhada lá, tchê!
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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ah, pára!

Criaram um monstro...
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Taison pensa em criar marca T7

Taison já está pensando em criar uma marca com o número 7, seguindo a linha adotada por Ronaldinho com o 10 ou o zagueiro Lúcio com o 3. Na hora dos autógrafos, o goleador do Gauchão escreve T7 logo abaixo do nome. Há algumas semanas, o Inter anunciou que a camiseta 7 será exclusiva do ex-júnior.

Da Zero Hora.com
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Já tá se achando, hein? O megalomaníaco de Carazinho tá com inveja. Uma baita inveja, claro. Calma, guri, que ainda tem muitos Rondonópolis pela frente...
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Ludibriados

Buenas, gente amiga, parece que fui, fomos ludibriados. Ao menos, é o que parece. O caso da brasileira espancada na suíça ainda vai longe, mas algumas novas informações sugerem um caminho diferente de que acreditei há alguns dias. Parece (sim, parece) que a mulher queria somente uma indenização, e aí escolheu o partido para tentar algum dinheiro - a parte do espancamento, parece, ainda, é verdade. A mutilação, como previa a polícia suíça, teria sido feita por ela mesma, e a gravidez, inexistia. As informações ainda são muito desconexas, o pai parlamentar não deu mais as caras, o namorado suíço idem, e agora só a polícia e a mídia suíça que falam. Bom, se antes comprei a história da compatriota, agora fico duvidoso de todos os envolvidos.

Mas do meu discurso anterior, não retiro nada sobre o tal partido - aquele cartaz diz tudo! Mesmo que não tenha sido eles a marcar o corpo da mulher, o preconceito e discriminação é tão violento quanto. E sei lá também até onde não tem histórias políticas por trás de tudo isso. Será que o tal noivo não deu uma mãozinha - ou uma facadinha, no caso? Será que a mulher é doente? Será que os suíços estão numa força-tarefa para se eximir de qualquer culpa? Será que o tal parlamentar está caçando votos? Será esse texto totalmente inútil? Ou será que tudo já é tão comum que nem nos importamos mais?

Só sei que me entristece toda a história - que ainda não acabou. Pela mentira da mulher, pelos xenófobos políticos, pela miséria humana, que chega a pontos que a gente, infelizmente, ainda se surpreende.
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domingo, 15 de fevereiro de 2009

John Frusciante - The Empyrean

Ouvir John Frusciante solo é uma experiência muito oposta a ouvir a banda que o apresentou, o Red Hot Chili Peppers. Enquanto no grupo ele adiciona as guitarras funkeadas, punks e até melodiosas, os solos simples e eficazes e os backing vocals cada vez mais presentes, em sua trajetória solo o psicodélico anda de braços com o experimental. Sorte nossa.
No décimo trabalho solo - o cara é workaholic, além de tudo - essas características se definem mais ainda. Um amadurecimento que custou tempo, mas chegou em forma de um disco bom (o terceiro, To Record Only Water for Ten Days) e um sucessor que beira a perfeição, Shadows Collide With People. Daí, John gravou mais três discos no mesmo ano (workaholic, lembra?!), participou de mais uma banda (Ataxia) e ainda excursionou e gravou com o Chili Peppers. Ufa!
The Empyrean foi apresentado oficialmente na semana passada, e traz tudo o que Frusciante vem aperfeiçoando desde Shadows - a psicodelia, ruídos marcantes, as belas melodias, os solos intermináveis e a viagem quase transcendental das músicas longas e reflexivas. Parece descrição de alguma viagem de chá de cogumelos, e talvez seja. Vejam a explicação do próprio para sua obra:

"The Empyrean é uma história que não tem nenhuma ação no mundo físico. Ela ocorre nos espíritos de todas as pessoas ao longo de suas vidas. O único outro personagem é alguém que não vive no mundo físico, mas está lá dentro, no sentido de que ele existe nas mentes das pessoas. A mente é o único lugar que nada pode ser tão verdadeiro para existir. O mundo exterior é apenas conhecido para nós como ele aparece dentro de nós pelo testemunho dos nossos sentidos. A imaginação é o mais real do mundo que nós conhecemos, porque cada um sabe em primeira mão. Ver as nossas ideias tomando forma é como ser capaz de ver o sol nascendo. Não temos equivalência ao grau de pureza disto no nosso mundo exterior. No mundo exterior, parece que cada um de nós somos uma coisa e sempre também uma infinidade de outras coisas. Dentro para fora e de fora para dentro são intermináveis. Tentamos achar uma forma de respirar."

Mas não se assuste. O disco é fácil de ouvir, principalmente com a participação de um time de peso que alimenta uma cozinha afinada com o músico - Flea, o companheiro dos Peppers, toca em metade do disco. E ainda assim, Frusciante é vocal, guitarra, violão, teclados, piano, baixo, sintetizadores, percurssão... sem falar na alma do disco. E acho que assim dá pra definir bem o que tem dele ali, seu empenho total e o desligamento com qualquer tipo de crítica - afora a sua própria.

Confira uma palhinha do disco novo, a bela God



Enjoy it
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Questões xenófobas

Sobre a moça que foi atacada na Suíça e teve o corpo marcado com a sigla de um dos principais e mais antigos partidos do país dos Alpes. No ataque a mulher, grávida de gêmeos, perde as crianças. É brasileira, e para azar da Suíça, é filha de secretário parlamentar. Se tudo for verdade, o que impressiona ainda é o racismo, o preconceito ainda ser tão forte - e não só lá, mas em todo o planeta. Em pleno século 21, isso não deveria mais ser admissível. Mas não: a evolução dos anos não leva o progresso do ser humano junto, e as crises econômicas são muito mais importantes que as crises humanitárias. E elas estão sempre presentes, mesmo pra quem não as vê.

O que irrita mais ainda, quando finalmente algo dessa magnitude vêm à tona de uma forma mais visível (obrigado, mídia!), são os absurdos que se lê, vindos das declarações daquele país, como

"não se pode excluir a possibilidade de autoflagelação. Se essas pessoas (os agressores) são de fato do partido, serão expulsas, mas primeiro precisamos saber se tudo isso de fato ocorreu",

dito por Oskar Freysinger, um dos principais nomes do tal partido, o SVP, sigla de Centro de União Democrática (!!). Li bem? É, Democrática mesmo, com um cartaz assim, ó:


e que sugere a autoflagelação de uma mulher grávida, com as letras de um partido "democrático" - que não quer ninguém de fora do país ali ocupando espaço. Claro, autoflagelação faz todo o sentido. Engraçado foi ela ter ido à polícia, já que os que se autoflagelam não costumam reclamar depois. Imagina a fila depois das procissões religiosas, então! Ah, e tem as letras, que a polícia de lá disse que

"investiga em todas as direções. No comunicado, evitou classificar a agressão como ataque racista e não mencionou que alguns dos cortes no corpo da brasileira formavam a sigla do SVP. Mencionou apenas ferimentos em forma de "letras"

que coincidentemente, eram as mesmas do partido! É, tá certo, acho que não tem nada a ver mesmo. Pura perseguição dessa intrusa brasileira no território. E... ei, aquele ali passando não é o Papai Noel?

Espero sinceramente que a indignação brasileira, por meio dos seus representantes legais, seja mais forte do que simples papéis de fax escritos "estamos chateados com vocês". Nada vai trazer de voltas as crianças, e as cicatrizes dessa moça não serão resolvidas só com plástica. Uma cirurgia mental é necessária por lá.

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Em tempo, o que diz ali no cartaz, enquanto a ovelha branca com cara de mimosa empurra delicadamente a pretinha para fora do terreno suíço, é "para criar segurança". Não seria o contrário? Tá, estou sendo maldoso, desculpe. Mas o solzinho risonho no canto inferior direito é uma graça, não?
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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Expulso, por enquanto

Em parte, concordo com o Peninha, alterego literário do Grêmio, que futebol raça é que é legal. Foi-se o tempo que jogadores tinham trocentos campeonatos para enfrentar e um só time, sem time B, C, D, Z, mais juniores e aqueles guris ali que saíram das fraldas. Não, não, todos jogavam. Hoje é fisioterapia aqui, médico especialista em joelho quebrado ali, e tudo isso acompanhado de conversas, entrevistas, discursos, polemizados ou não. Fora as trovas de pseudo- comentaristas, que mais parecem ter saído de um boteco, embriagados, berrando no rádio ou TV: "estava impedido", "tava nada, tu é cego?" e dê-lhe audiência.

Agora, vejo mais polêmica nos jogos de pelota. Mais assunto pra mídia cair em cima, um tal cartão azul que pode ser efetivado logo, logo. Funciona como intermediário entre os cartões amarelo e vermelho: o sujeito é expulso do jogo por algum tempo, depois volta. É como um castigo moderado, "fica no banco, vê teu time se quebrar durante 15 minutos e aí volta pra tentar consertar a cagada que fizeste. E não chora!". Mas se os juízes já se perdem em explicações de falta violenta ou não pra dois cartões... ainda vão aumentar as opções deles? "Hmmm... deixe ver, foi uma falta dura, mas o sujeito não está sangrando... embora o hematoma seja grande... bom, cartão azul pra zagueiro". E pronto, consciência tranquila. Ao menos até os repórteres invadirem o campo com perguntas novas - viva!

Além do cartão, parece que querem aprovar também mais uma substituição - essa sim, parece interessante e não implica em muitas explicações. É um número a mais, só. Essa substituição extra, porém, será somente em condições excepcionais, como em prorrogações. Parece justo.

Saudades do futebol "raça"

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Não podemo se entrega pros hômi

Eu sabia que não ia ser fácil, e até imaginei uma derrota. Mas foi por pouco, e ainda acredito que o Grêmio tenha chances reais de ganhar o Campeonato Gaúcho. Apesar do Roth, apesar do Simon.

Vamo, vamo, vamo tricolor!!!


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

De leve

Hoje comecei a fechar contas no banco onde fui, por muitos anos, cliente. Comecei, pois não basta pagar tudo, tem que esperar "cair no sistema", taxas, escambau. Mas começou, e até a próxima semana, estarei livre. Fiz maus planejamentos, ok, mas bancos tendem a ser abusivos em seus juros, e seus juros sobre juros que inexplicavelmente aparecem de todos os cantos de um contrato que a gente não lê. Wherever...

Posto isso, fica o aviso: cuidado sempre com os bancos. Simples, mas eficaz.

Me sinto leve

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Ombudsman externo II

Da Zero Hora ponto com:

"Victor diz que vitória no Gre-Nal dará confiança ao grupo"

Não, não!!! Sério?! Eu achava que uma vitória num clássico desmobilizaria o time a ponto de metade dele pedir pra sair, a outra metade se afundar em depressão e perder todos os campeonatos pela frente...

Jogador de futebol deve ter uma cartilha com mais de 500 frases prontas para todo tipo de perguntas, divididas em seções como "Clássico", "Jogo perdido", Campeonato perdido", "Expulsão", "Expulsão depois de discutir com o juiz" e uma das mais importantes, "Expulsão depois de discutir com o juiz, xingar a mãe dele, dar um soco no jogador adversário e empurrão no companheiro de equipe". Mas não há de ser nada, jogador de futebol só fala isso porque as perguntas são, normalmente, as mesmas. "Como se sente com essa derrota?"; "E essa expulsão, acha que prejudica o time?".

O difícil é o jornalista, redator, repórter, filtrar isso de uma maneira nova para o leitor ou ouvinte. Sério, não tinha outra frase pra colocar? Depois de sofrer uma goleada (pô, Grêmio!!!), talvez uma manchete dessas atraia mais leitores. Mas ainda assim, é óbvia demais.

Da redação
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Crise, que crise?

Ontem ouvi no rádio que a publicidade não têm reclamado da crise. Pelo contrário: conforme uma pesquisa, parece que teve um acréscimo de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. E sabe quum mais comemora? A Rede Globo, claro. Todas (todas!) as cotas para o evento de verão da emissora, o BBB, foram vendidas, somando R$ 54 milhões - e ainda tem uns R$ 40 milhões que esperam receber de merchandising. Tchê, R$ 54 milhões só em um programa!! E quanto ganha mesmo o sobrevivente daquela "tortura" de fazer festa e tomar banho de piscina todo dia? Ah, é: R$ 1 milhãozito. Aí dá pra entender porque a Globo insiste nesse programa, é dinheiro fácil.

Não assisto, não gosto, acho repetitivo e monótono - claro, já assisti alguns episódios de outras versões pra falar isso. E também é impossível ao menos não saber de algo, dada a mídia exagerada que engloba (trocadilho fácil!) o programa. Mas o que me espanta é um cara feito Pedro Bial, que na minha época de faculdade era um nome forte do jornalismo, apresentando esse negócio. Enfim, cada um com seu cada qual.

Prefiro CQC
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Assim é fácil

O Internacional de Porto Alegre quer chegar, até a data de seu centenário, agora em abril, aos 100.000 sócios. Está perto, com 78.000, e a torcida está fazendo de tudo para contribuir. Eis que uma torcedora resolveu associar o seu golden retrivier, de nome Bjorn Borg, para encher as fileiras do Beira-Rio. Ah, por favor!

Vídeo do sócio canino

O que causa surpresa foi o Inter ter aceito isso. Mas logo tudo foi explicado. A dona disse, por telefone, que se tratava de uma criança, e então utilizou seu próprio cpf para cadastrar Bjorn. O clube, ao saber do cão, disse que ele não pode ser sócio (mesmo?). Mas o vice de marketing do Inter, Jorge Avancini, apesar de surpreendido, aproveitou para antecipar o lançamento da linha do Inter para animais de estimação. O clube criará carteirinha para mascotes, com foto (!!) e número fictício, ao custo de R$ 50, sem mensalidade. Com vocês, Avancini:

"O Borg precisará mudar de modalidade. Por mais colorado que seja (!!!!!!!), ele não pode ser sócio do clube (mesmo, mesmo?). A partir de fevereiro, ele será nosso primeiro Mascote Colorado"

Nova meta colorada, 100.000 sócios, humanos ou não. Já posso ver até os slogans das próximas camapanhas para os jogos: "Venha gritar, latir, miar, mugir, grunir... tudo pelo Inter"
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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Canal aberto - ou quase

O presidente da polícia mundial tem um blog para divulgar suas ações e pensamentos sobre assuntos diversos. Obviamente não escrito pelo próprio, mas supõe-se que aprovado por ele, os posts são curtos e diretos, um diário aberto mesmo.

Blog do Obama

A iniciativa é válida, até para personificar um pouco a transparência prometida em campanha. E digo mais: gostei.

Enquanto isso, em terra brasilis, estão fazendo um (novo) filme sobre o nosso presidente. Para ser apresentado no primeiro dia no ano que vem, Lula, o Filho do Brasil está sendo filmado por Bruno Barreto e tem a Glória Pires como mãe do homi. A película mostrará da infância até o engajamento sindical do presidente, nos anos 80. Ficará de fora, portanto, sua vida no Planalto. Será uma biografia romanceada, diferente de outros dois documentários relacionados a Lula (Entreatos e Peões) já lançados. Mas um filme do presidente - mesmo não abrangendo sua fase política atual - tem todas as chances de ser visto como cabo eleitoral. Eu só espero que seja bom. Afinal, porque só os presidentes americanos podem virar filme?
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Parâmetros

Ok, Obama se elegeu, como era mais ou menos previsto - a não ser que todo o gado da família Bush também votasse em McCain. Ok, ele chamou a Sra. Clinton para seu governo, como também era previsto. Parece que o único pedido dela foi "sem estagiários, por favor". Ok, o mundo está esperançoso (ou seria mais ansioso?) com o novo governante da polícia mundial, comparando-o com o sonhado Kenneddy, que virou mito antes de ser, e hoje é lembrado pelo Kevin Costner tentando descobrir a verdade. Ok para tudo isso, já aceitamos. Mas, cá pra nós, vale outra comparação, uma mais caseira. Sim, estou falando do homem daqui, o Lula.

Ok, não vou exagerar na comparação. O Brasil é um país "emergente", agora é visto como uma possível potência e o escambau, mas não dá pra fugir dessa pequena parte chamada esperança de que a coisa pode melhorar. Foi assim com Lula quando a maioria dos brasileiros, obrigatoriamente, o escolheram para governar o país - duas vezes. Fez isso arrumando economicamente o país, e, mais importante, com um carisma incrível. Com todos os seus sifus, marolinhas e afins. Os EUA são um país decadente economicamente, oito anos de Bush (sem contar os do papai Bush) foram demais até pra eles. Agora, é com o SuperObama resolver tudo. Provavelmente ele, assim como Lula, pedirá mais algum tempo numa reeleição para completar seus planos. Oremos somente para que esses planos não sejam continuar com a economia bélica de seu antecessor.

Burradas à parte, antigas e novas, minha comparação cai somente na esperança depositada nesses dois homens, cada um com seus diferentes valores, origens e países a governar. Parece bobagem, mas isso é o que movimenta muita gente a sair de casa para votar em alguém. O resultado pode não mudar muita coisa, é fato, mas fica mais fácil quando não se espera algo pra si, e sim para todos. Obama já começa seu caminho com o tal carisma em alta, fechando presídios simbólicos e com uma carga de promessas elevada, que ele já avisou que será um desafio concretizar. Para todos, não só pra ele.

Como tudo gira em torno de dinheiro, Fidel não está mais no poder, a China cresce em todos os sentidos, seguida por outros países "emergentes", temos uma mata atlântica, lençóis de água em abundância e até petróleo... boa sorte ao Obama, e boa sorte também ao Lula nessa reta final. Para o bem de todos e felicidade geral das nações.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Curioso, no mínimo


Assisti O Curioso Caso de Banjamin Button, mega-produção (é com hífen?) com Brad Pitt e Cate Blanchet, que conta a história de um bebê que nasce velho e vai rejuvenescendo. Gostei bastante, por juntar vários pontos que agradam numa película: idéia de história interessante, baseada num conto de F. Scott Fitzgerald; ótimos atores; produção dos parceiros do Spilberg; e uma maquiagem e efeitos que valem o ingresso. Seus 150 minutos não cansam, são na medida para acompanhar a (in)maturidade do personagem que não sabe que é velho, e que amadurece com a aparente vantagem que já foi sonhada por muita gente: ficar mais novo, fisicamente. "Queria ter uns vinte anos menos com a experiência de hoje", dizia um amigo meu, na idéia de ter a vitalidade plena da juventude sem os percalços que ela também traz. Mas o filme mostra justamente que isso não importa - e pode até atrapalhar. É mais ou menos como ser imortal, e ver todos os entes queridos à sua volta perecerem - essa idéia também já tem em filme.
Palmas também ao diretor David Fincher, que soube organizar uma história densa e marcante numa linguagem visual leve e descontraída. Tudo para que o personagem principal não seja tão diferente dos demais. E, afinal, quem é o diferente na história? Obviamente, não entregarei as partes cruciais da história para não estragar nenhuma surpresa. Peço apenas que atentem aos detalhes de cada personagem, que na mensagem final mostram-se mais importantes do que aparentavam. O resto, vocês desvendam depois. A certeza é de sair da sessão um pouco mais leve com a história do garoto que, na contramão da linearidade de vida como a conhecemos, passa uma bonita mensagem de uma outra vida que não deve ficar só na ficção.
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Não fosse o cabeção...

Tchê Grêmio!! Não me assusta assim na largada do campeonato. Não fosse a contratação do novo cabeça de área, tínhamos perdido o jogo assim, logo de cara. Buenas, recém primeiro jogo, tudo bem, coisas a arrumar e alguns jogadores a contratar - mas sem sustos, ok?

Roth, vamos lá, eu acredito. Krieger, não te fresqueia.

Dá-lhe Grêmio!!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Letras miúdas

Acontece assim, ó: as lojas Americanas, grande rede de comércio, bem conhecida, oferece, já há algum tempo, um cartão próprio (ao estilo Renner e C&A) para compras na loja. Apresentam as vantagens, claro, financiamento e compras em até 10 vezes sem juros. Magavilha.

Eis que compramos um aparelho de DVD e alguns filmes na dita loja. E minha querida mãe, que tem o dito cartão, se ofereceu para utilizá-lo e parcelarmos tudo em cinco vezes. Antes de efetuar a compra, perguntou ao atendente, no diálogo que segue:

- Esse valor dá pra fazer em quantas vezes, no cartão da loja?
- Até 10, se a senhora quiser
- Sem juros?
- Sim, sem juros
- Então faça em cinco... mas não será cobrado nenhum juro?
- Não, senhora

Ótimo, tudo feito, levamos o DVD e alguns DVDs (trcadilho proposital para um alívio cômico). Dias depois, quando minha mãe recebe a fatura em casa, observa que o valor está... bem, estranho. Me liga, para lembrar o que compramos. Eu disse, falei os valores que lembrava. Tinha coisa a mais ali. Ela liga, então para a Americanas. Eis a nova conversa:

- Vi que na minha fatura tem valores que não fecham com as compras. E vocês me disseram que não haviam juros. Mas tem valores a mais ali...
- Sim, senhora. É uma taxa que cobramos de R$ 5 por parcela.
- Quer dizer que eu vou pagar R$ 25 a mais pelas compras?
- Sim, senhora...

Daí, seguiu-se um bem dito sermão de minha mãe ao atendente, que não repasso aqui para não ocupar espaço. Conclusão: não há anuidade, não há juros, mas tem taxas. E que taxas! Minha mãe prometeu ir até a loja onde fez o cartão rasgar na frente deles. Pretendo ir junto, fotografar e postar aqui. Se fosse eu, daria a sugestão de um lugar justo onde enfiar o cartão.

Fiquei pensando no pessoal de (bem) baixa renda, que utiliza a loja para compras básicas, como, por exemplo, material escolar para os filhos. A criatura vai lá, escolhe bem os cadernos, lápis, mochila e vai gastar uns 100 reais, sei lá. E como essa grana vai fazer falta, faz nas 10 vezes que a boazinha loja oferece. Pagará 150 pilas.

Moral da história: cuidado com as letras miúdas de contratos, mesmo que elas não existam. E viva o capitalismo ianque.
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Ombudsman externo

Frase nO Sul:
"O Grêmio estréia às 16h30min de hoje no Gauchão. O adversário será o Inter-SM, no Presidente Vargas, em Santa Maria. Tcheco terá a companhia de Souza na equipe. O tricolor busca o título da competição. Alex Mineiro terá a função de fazer gols no time."

Não, não, entenderam errado! O Grêmio busca o terceiro lugar na competição, pois sabe que será muito difícil a conquista do campeonato e já desistiu antes de começar. E outra: o Alex, centroavante, artilheiro e o escambau, foi contratado para enganar o time adversário, para que os jogadores pensem que ele é quem fará os gols. Ledo engano. Alex será um boneco de posto, só distração.


Frase no Jornal do Comércio:
"Obama diz que EUA enfrentarão desafios"

Sério?! Eu achei que ele ia dizer algo como "Vai ser barbada" (Will be beardwoman, para os da língua inglesa). Será que ele não falou alguma outra coisa menos óbvia para colocar na capa?


Como jornalista, já fiz (e ainda faço) coisas parecidas. Então, posso falar. E se alguém quiser me corrigir, à vontade. Vou continuar a ler os jornais...
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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

First one

Agora vai!!!

Depois da tentativa de fazer um blog com firulas, agora a idéia é mais livre, escritas mais soltas, temas mais abrangentes, sem firulas, mais cru, direto e, na medida do possível, interessante.

Ou não.

Bem-vindos!
(é com-ou-sem-hífen?)
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