domingo, 3 de maio de 2009

Fake

O assunto não é novo, mas recorrente. Essa coisa de nos americanizarmos na língua funciona de uma maneira meio caótica, não? Veja bem: utilizamos diversas palavras estrangeiras para uma pá de coisas, como fake (falso), deletar (apagar), start (início, começo), link (ligação, vínculo) e mais alguns tantos. É fato que a informática ajudou nisso, e é até justo, mas

- Então vamos dar o start na campanha
- O fulano tem que ter expertise
- Acho que esse twitter é fake
- Me manda um scrap pra me avisar

Aaaahhh!! Povo, temos palavras diversas na nossa língua para tudo isso! Sério, juro! Não se assustem, as mudanças na ortografia não apagaram palavras ou significados - continuam todos lá.

Mas o caótico está - e aí chego então ao ponto que quis escrever esse post -, no fato de que, para outras coisas, não utilizamos as palavras originais, quando deveriam ser. Me refiro aos nomes dos filmes estrangeiros. Ontem assisti Fim dos Tempos, e descobri que o título do filme é muito mais legal: The Happening. O Acontecimento, muito melhor, e muito mais a ver com o que o filme apresenta - até os diálogos teêm gags que relembram o nome do filme o tempo inteiro.

Why, WHY?!?!

Se é pra traduzir, traduz mesmo, não façam essas coisas aberrantes para chamar atenção. Se não der pra traduzir, não ponham subtítulos. Até o Pulp Fiction ganhou um, acho que por não saberem traduzir o original, então ganhou Tempo de Violência. São títulos pra imbecis. Jurassic Park... o Parque dos Dinossauros, aaahh, tá!! Filmes de "comédia" e "terror" são os mais aptos, e normlamente o que era um título até bacaninha para um filme, vira pastelão - e explicam a trama em duas linhas. Mas os exemplos são para todos:

- The Hangover - Se beber, não case (ah, entendi!)
- Last house on the left - Terror na casa do lago (já vi esse, eu acho)
- Dance flick - Ela dança com meu ganso (morri!)
- The ghosts of girlfriends past - Minhas adoráves ex-namoradas (hã?)
- The uninvited - O mistério das duas irmãs (pqp)
- Lars and the real girl - A garota ideal (e o filme até parece legal...)
- Last chance Harvey - Tinha que ser você (ok, somos imbecis!)

Os exemplos citados são poucos, ínfimos, mas dá pra ter uma idéia do que fazem conosco: nos tratam como imbecis. Vejam os ítulos fáceis, tirados de gaveta depois de espanar o pó. Não se dão conta de que, além de retirar parte da obra mudando seu nome, ainda confundem? Terror na casa do lago deve existir uns quinze, com poucas variações, como Terror no chalé do lago, Terror na casa da praia, Horror na casa do lago, Terror na casinha de boneca na praia do horror e por aí vai. Um horror mesmo. Imaginem o contrário, fora das terras brasilis fazendo isso com nossos filmes? Cidade de Deus vira The childs that kilss on the Favela, ou então o Bicho de Sete Cabeças torna-se Going crazy. Legal, né?
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