quarta-feira, 29 de julho de 2009

Maguila, direto

A frase:

"Esse Rubinho só atrapalha. Não ganha nada e ainda cria problema. Quase matou o Massa. É foda".



Comentário de Adílson Maguila Rodrigues sobre o acidente de Felipe Massa. Na comparação em tom de brincadeira do pai do piloto, Felipe teria recebido um impacto igual ao de um soco do ex-pugilista brasileiro. Mas Maguila se defende: "No auge da minha carreira, meu soco chegava a 280 kg. Era o segundo mais potente do mundo. Só o Foreman batia mais forte do que eu". Ele gostou de ser lembrado pelo pai do piloto, mas disse que não é hora de brincadeiras com o estado de Felipe Massa. "Que Deus o abençoe e a toda a sua família. São todos gente muito boa. Ele tem de ficar bom logo para brilhar nas pistas", finalizou.

Poucas pessoas são tão sinceras.... e diretas, com o perdão do trocadilho.
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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Centenário

"Parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida..."
Obrigado, obrigado...
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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Elas dispensam a salsicha


Modelos da Playboy servem cachorros-quentes vegetarianos em Washington, no almoço promovido pela organização PETA, aquela, defensora dos animais, onde celebridades aproveitam para fazer a sua parte (deles, não sua, não se preocupe). O "evento" aconteceu em frente ao Congresso dos Estados Unidos. As modelos usaram biquínis que imitam folhas de alface, caso você não tenha notado. Não notou? Olha:


Pergunta: essa moça foi escolhida pela palavra "respect", né?
É, eu também acho.
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Esses bruxos...

"Ator de Harry Potter vai a julgamento por cultivo de maconha"

O ator britânico Jamie Waylett, 19 anos, chega a tribunal no centro de Londres. Waylett, que interpreta o personagem Vincent Crabble nos filmes da série Harry Potter, é acusado de cultivar dez pés de maconha



Possível desabafo do rechonchudo ator (favor imaginar sotaque britânico):
- Bloody hell! It's only 10!! Did you see how many Harry... I mean, Daniel has?! I tell you: a lót!! It's too much pressure doing this movies without a good line in any!! No, just doing my fluffy stuff. I'm just the fluffy guy, go boring another one. Maybe Ruppert or Emma! I don't wanna go to Azkhaban, please! Mom?!
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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Eu, um livro

Buenas, me lembrei desse teste de livro que já tinha lido sobre e ainda não tinha feito... Qual livro nacional sou eu? Pois bem, agora foi. E o resultado é...

"Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis
Ok, você não é exatamente uma pessoa fácil e otimista (ah, sou sim!), mas muita gente te adora. É possível, aliás, que você marque a história de sua família, de seu bairro... Quem sabe até de sua cidade? Afinal, você consegue ser inteligente e perspicaz, mas nem por isso virar as costas para a popularidade - um talento raro. Claro que esse cinismo ácido que você teima em destilar afasta alguns, e os mais jovens nem sempre conseguem entendê-lo. Mas nada que seu carisma natural e dinamismo não compensem."Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881) é considerado o divisor de águas entre os movimentos Romântico e Realista. Uma das expressões da genialidade de Machado de Assis (e de sua refinada ironia), há décadas tem sido leitura obrigatória na maior parte das escolas e costuma agradar aos alunos adolescentes. Já inspirou filme e peças de teatro. É, portanto, um caso de clássico capaz de conquistar leitores variados. Proezas de Machado.

Se concordo? Claro, como em todos os 347 testes que já fiz na vida, que ajudaram a moldar minha personalidade. Tá, mas é divertido. Quer se conhecer? Clica aqui e vai!!
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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Vamo que vamo!!

Considerações pós-eliminação:

... ao menos o Krieger caiu junto;
... ao menos foi depois de uma derrocada na beira da praia (ou seria do rio?!) do co-irmão;
... ao menos provou pro Autuori que Herrera > Alex Mineiro;
... ao menos essa diretoria sonsa se move (agora);
... e ao menos "eles" são só campeões morais (de novo)!

Que venha o Brasileirão!!!

Vamo, vamo, tricolor!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Artigo sobre o diploma

Requiem por um diploma
por Zélia Leal Adghirni *

Como professora de jornalismo na Universidade de Brasília há mais de 15 anos e como jornalista que fui durante duas décadas, no Brasil e no exterior, senti-me indignada com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de extinguir a obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional do jornalismo. Considero o voto dos ministros do STF uma afronta aos jornalistas e uma ofensa à sociedade. Basta ouvir os argumentos dos magistrados para perceber o total desconhecimento desta área. Eles acreditam ainda que o jornalismo é “uma arte” (comparada a uma arte gastronômica, segundo o ministro Gilmar Mendes) e “uma vocação”. Em tempos de jornalismo digital, quando as tecnologias de comunicação colocam novos e inquietantes desafios para os profissionais, oito ministros do STF recuaram dois séculos para decretar o fim de uma profissão historicamente construída, com seus valores éticos, sua ciência e suas técnicas. Nos séculos XVIII e XIX escritores renomados como José de Alencar e Machado de Assis publicavam artigos na imprensa. Mas não por isso se consideravam jornalistas. Foi preciso que surgisse João do Rio, o primeiro repórter brasileiro, para mostrar que a reportagem de rua era mais importante para a sociedade do que a crônica literária de autor.

Afirmar que a exigência do diploma é um entulho do regime militar é um falso argumento. A luta começou bem antes do golpe militar de 1964. Que a profissão tenha sido regulamentada em 1969 é uma mera coincidência. A primeira tentativa de regulamentação da profissão de jornalista foi um decreto do então presidente Jânio Quadros, em 1961. O decreto se referia a uma regulamentação explícita de 1938 (Getúlio Vargas) que determinava a criação de escolas de preparação ao jornalismo, destinadas à formação de profissionais de imprensa. A Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda, foi o primeiro jornal a contestar a medida. Não faltaram juristas para refutar a decisão e o argumento usado para a inconstitucionalidade foi a falta de tramitação no Congresso. Um Congresso que agora, com raras vozes de exceção, calou-se diante do STF. A sociedade também não foi ouvida, não houve audiência pública. A decisão dos ministros, quase por unanimidade, foi autoritária e retrógrada.

O Brasil tinha uma das legislações mais justas em relação ao acesso profissional, firmada no ensino universitário e abalizada pelos órgãos da categoria. O recém-formado entrava no mercado com um preparo básico que seria aperfeiçoado nas rotinas produtivas do ofício, como os médicos e os advogados.

Todas as profissões se institucionalizaram através das práticas e do acúmulo de saber que proporcionam a pesquisa contínua e a permanente recriação de instrumentos de trabalho. Se as demais profissões exigem formação especializada, por que o jornalista nasceria pronto, com talento inato? Já dizia Jospeh Pulitzer, o “pai” do jornalismo moderno, que “a única posição que um homem pode triunfalmente atingir pelo simples fato de ter nascido, é a de idiota”. Para qualquer outra, “some training is required”. O argumento de que em outros países não há necessidade do diploma demonstra total ignorância do tema. Os meios de acesso ao profissionalismo são extremamente filtrados e obedecem a critérios muito mais complexos que os nossos. Na França, por exemplo, o interessado deve provar diante de uma comissão de especialistas que o jornalismo é sua principal fonte de renda.

Se, a partir de agora, o registro de jornalista no Ministério do Trabalho "perdeu o sentido", assim como todos os outros aspectos que regulamentavam a profissão, é preciso definir os critérios para a contratação de profissionais. As empresas dizem que será dada preferência a quem tiver passado por uma boa escola de jornalismo. Serão estabelecidos critérios para as 400 escolas de jornalismo do país para saber quais são as boas?

Outra falácia é confundir liberdade de expressão com liberdade de profissão. A figura do colaborador já existia na antiga legislação. São especialistas convidados pelas mídias, que publicam artigos e comentários nos espaços de Opinião, remunerados ou não. Assim, podemos ler artigos do ex-ministro Jarbas Passarinho, da socióloga Barbara Freitag, do médico Dráuzio Varela nas páginas mais nobres da imprensa, dentro dos gêneros opinativos (os acadêmicos trabalham com a tradição dos gêneros opinativos e gêneros informativos, conceitos elaborados pelo professor Jose Marques de Melo (Cátedra Unesco de Jornalismo) em sua extensa obra universitária.

A Fenaj nunca se opôs a estas colaborações muito bem vindas, mas o exercício profissional no cotidiano é o outro. Os especialistas colaboradores aceitariam ser “repórter por um dia”? É o repórter, quase sempre anônimo, que vai para a rua gastar a sola do sapato na Esplanada dos Ministérios, na Favela da Maré, na cobertura da entrevista coletiva à imprensa, na greve dos operários, nos acidentes de trânsito e assim por diante. O jornalista sabe que neste oficio há mais transpiração que inspiração. Só o jornalista, como mediador, pode organizar o caos, selecionar e divulgar tudo aquilo que quebra a superfície lisa do cotidiano para transformar acontecimentos em notícias.O resto é amadorismo.

Que o luto de hoje se transforme em luta, é o que desejo aos alunos de jornalismo a partir de agora.

* Zélia Leal Adghirni é jornalista e professora de jornalismo na Universidade de Brasília.
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