quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Distrito 9



Não é de hoje que se pensa que, para fazer um bom filme, basta uma ótima ideia. Nada de grandes efeitos, atores famosos e um diretor experiente, basta competencia e a tal da boa ideia bem inserida. Distrito 9 prova isso mais uma vez. Um diretor desconhecido, Neill Blomkamp, foi quem teve a ideia. Peter Jackson (isso, aquele mesmo) foi o cara que gostou e apadrinhou o filme. Talvez, mas só talvez, se o nome de Jackson não aparecesse tão grande no cartaz e na abertura do filme, não chamasse tanta atenção ao grande público. Mas chamou, e ninguém parece se arrepender.

A historia é simples, dentro da ficção a que se acostumou os cérebros lobotomizados por hollywood: uma nave espacial empaca em cima de Johanessburgo, e os ets não tem como ir embora, são obrigados (literalmente) a descer e morar na Terra, mais precisamente numa favela imposta pelo governo e multinacionais que se convencionou chamar de Distrito 9. Não, não é coincidência do filme se passar na África do Sul, e qualquer semelhança com apartheid também não. Aliás, não só com apartheid, mas falar mais estragaria algumas ótimas sacadas do filme. Disso, a trama se desenrola no momento em que os ets estão sendo despejados para outro campo... digo, moradia, o distrito 10, "maior e melhor". É quando os caminhos do protagonista, Wikus Van De Merwe (o também desconhecido Sharlto Copley), cruza com o do alienígena Christopher e seu filho, um simpático "camarãozinho", como são erroneamente chamados os visitantes de outro mundo. Até os nomes dos personagens têm sentido com a trama - mas, azar seu, não vou contar de novo, vá ver o filme! E me pergunte depois.

Os efeitos, como já disse, são mínimos, a nave é um panorama permanente na cidade e os ets são simplistas - como devem ser. Lembra muito os primeiros e perfeitos bonecos que um outro estreante, George Lucas, fez num outro filme, um tal de Star Wars - que ninguém acreditava, e deu no que deu. A mão (e benção) de Jackson ajuda também nessa parte. A forma de filmagem é um bônus - tudo é mostrado como um documentário, onde somos convidados a acompanhar a história didaticamente, mas com muitas peças a encaixar. E os motivos do ets aqui, no planeta, são irrelevantes, pra nós e pra história do filme. Explica-se tudo isso nos primeiros cinco minutos - onde, pra mim, já valeram o ingresso. Então, deixe de ser mão de vaca (ops, desculpe o termo) e vá logo assistir.
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Capoeira


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Restituição? Hoje, só ano que vem.

Ontem deu-se a notícia de que as restituições de Imposto de Renda sofreriam um atraso de até cinco meses - ou seja, quem não recebeu até agora, pode só receber em 2010. O legal foi ver a desculpa do governo para o ato: não rendeu o suficiente para a devolução. Parô, parô, parô! Como assim, não rendeu?! Tirando fora todos os desvios, caixas dois e salários absurdos de todos que tem cargos dentro da ala política, vão dizer que os tributos retirados do salário de todos com carteira (fato, aliás, vangloriado pelo mesmo governo há pouco tempo) não foi suficiente para devolução de uma parte mínima? Ah, pára! O que retorna para o bolso do contribuinte é pouco mais de 30% do que ele recolhe. Ou seja, cerca de 70% fica com o governo... e não tem como devolver? Ah, pára (2). Mesmo com a queda de recolhimento, o tal "porcento" deixa sempre margem pra devolução, é uma questão matemática bem simples, a meu ver.

Subestimar a inteligência do povo já é praxe, e não os culpo por isso. Somos esquecidos, coniventes e - num linguajar mais popular, acomodados. Esse pequeno problema renderá mais conversas de botequins e.... só. Aguardaremos ansiosamente por março do ano que vem para termos um dinheirinho de volta - ei, de repente, paga-se o Carnaval com ele! Afinal, é só aí que o ano começa mesmo.


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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Quem se habilita?

Fãs são, com o perdão do trocadilho e da redundância, fanáticos. Mas os de Star Wars são mais do que isso. Eles são o Mestre Yoda dos fanáticos. Opinião minha: não há filme na história que renda mais participações de seguidores. E agora, inventaram mais uma - onde só o projeto já deixa o megalomaníaco de Carazinho boquiaberto. 473 fãs estão refilmando o primeiro filme da saga (Uma Nova Esperança, de 1977) conjuntamente. Cada um filma uma pequena parte do filme, de alguns segundos, e posta no site para que depois seja tudo misturado pra gente ver como ficou a "obra".

E você pode ser um deles. Isso mesmo, você aí, que semrpe sonhou fazer sua versão daquela cena onde Obi-Wan desaparece pelo sabre de Darth Vader, ou então fazer as vozes de Chewbacca e R2-D2, é a sua chance! Acesse o site que compila as cenas, cadastre-se e faça parte da história de 473 George Lucas genéricos. Mas corra, pois mais da metade das cenas já foram reservadas. Ei, isso pode até dar outro filme...

p.s.: vou refilmar a cena onde Hans Solo pede a Chewbacca para ligar os retropropulsores. Sempre quis colocar uma fala decente no peludo:

- Ah, vai te catar! Liga tu a %$#*#)#$( dos retropropulsores.


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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Brasil, você tem sede de quê?

Buenas... então o Brasil (a.k.a. Rio de Janeiro) venceu a disputa para sediar as Olimpíadas de 2016... e?

Buenas, não sei direito o que pensar sobre o resultado. Se é bom ou não para o país e eteceteras mais. Avaliações de váris frentes surgem, uma mais cabível que a outra. Foi bacana ver a festa quando o anúncio foi dado. Ali estavam políticos, atletas e todos cidadãos - a emoção maior de um país que nunca sediou uma Olimpíada. Mas sem entrar no mérito do que é "bom ou ruim" para o país - já que isso é subjetivo demais -, me atenho numa avaliação bem particular. Claro que eu gostaria de ver os Jogos e tal e coisa, mas aí vem aquele velho santinho (ou diabinho, não sei bem) de um dos mobros e diz "mas com tantos problemas no país, vamos festejar o quê?"... pois é, não sei.

Fico apenas com a ilusão (e mesma com a oficialização da Copa, algum tempo atrás) de que as algumas melhoras se perpetuarão. Melhoras físicas, as construções, melhoramentos de vias e afins, permanecerão, bem como o incentivo a esporte e modalidades não tão exercidas por aqui. Já será uma coisa boa. Isso tudo fora a (mais uma) visão que o Brasil demonstra lá fora - aí entrando também na parte econômica da coisa, claro. Enfim, várias visões, vários contras e a favor - ou seriam favores? Talvez eu seja ingênuo demais...

Que venham, Copa e Olimpíadas. Temos sede de mostrar o que de melhor podemos fazer. Só espero que, ao invés de esconder o que não se tem de bom, resolva-se. O tapete não é tão grande assim pra esconder muita coisa. E viva la vida.
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Em tempo:
pela TV, Lulu Santos faz um show (?!) pela vitória do Rio, para uma penca de gente nas praias do Rio de Janeiro... em plena sexta-feira de manhã. Quando vejo esse tipo de cena, sempre penso: essa gente não trabalha? Ou pediram licença?

-Chefe, vou ali ver a vitória do Brasil, tomar um sol, assistir um showzinho e tomar um choppinho. Volto antes das cinco e meia pra lhe entregar o relatório. Se importa se tiver areia?