sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Gaúcho da ZH

Sempre imaginei em como tirar sarro desta figura onipresente que a Zero Hora sempre acha pra colocar em alguma página matutina. Conseguiram bonito. Seja fazendo cocô na Muralha da China, seja caindo bêbado em algum pub londrino, lá está o gaúcho, personagem certeiro de muitas histórias que a ZH nos presenteia todo dia...

Gaúcho na Zero Hora

Dá uma olhada lá, tchê!
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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ah, pára!

Criaram um monstro...
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Taison pensa em criar marca T7

Taison já está pensando em criar uma marca com o número 7, seguindo a linha adotada por Ronaldinho com o 10 ou o zagueiro Lúcio com o 3. Na hora dos autógrafos, o goleador do Gauchão escreve T7 logo abaixo do nome. Há algumas semanas, o Inter anunciou que a camiseta 7 será exclusiva do ex-júnior.

Da Zero Hora.com
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Já tá se achando, hein? O megalomaníaco de Carazinho tá com inveja. Uma baita inveja, claro. Calma, guri, que ainda tem muitos Rondonópolis pela frente...
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Ludibriados

Buenas, gente amiga, parece que fui, fomos ludibriados. Ao menos, é o que parece. O caso da brasileira espancada na suíça ainda vai longe, mas algumas novas informações sugerem um caminho diferente de que acreditei há alguns dias. Parece (sim, parece) que a mulher queria somente uma indenização, e aí escolheu o partido para tentar algum dinheiro - a parte do espancamento, parece, ainda, é verdade. A mutilação, como previa a polícia suíça, teria sido feita por ela mesma, e a gravidez, inexistia. As informações ainda são muito desconexas, o pai parlamentar não deu mais as caras, o namorado suíço idem, e agora só a polícia e a mídia suíça que falam. Bom, se antes comprei a história da compatriota, agora fico duvidoso de todos os envolvidos.

Mas do meu discurso anterior, não retiro nada sobre o tal partido - aquele cartaz diz tudo! Mesmo que não tenha sido eles a marcar o corpo da mulher, o preconceito e discriminação é tão violento quanto. E sei lá também até onde não tem histórias políticas por trás de tudo isso. Será que o tal noivo não deu uma mãozinha - ou uma facadinha, no caso? Será que a mulher é doente? Será que os suíços estão numa força-tarefa para se eximir de qualquer culpa? Será que o tal parlamentar está caçando votos? Será esse texto totalmente inútil? Ou será que tudo já é tão comum que nem nos importamos mais?

Só sei que me entristece toda a história - que ainda não acabou. Pela mentira da mulher, pelos xenófobos políticos, pela miséria humana, que chega a pontos que a gente, infelizmente, ainda se surpreende.
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domingo, 15 de fevereiro de 2009

John Frusciante - The Empyrean

Ouvir John Frusciante solo é uma experiência muito oposta a ouvir a banda que o apresentou, o Red Hot Chili Peppers. Enquanto no grupo ele adiciona as guitarras funkeadas, punks e até melodiosas, os solos simples e eficazes e os backing vocals cada vez mais presentes, em sua trajetória solo o psicodélico anda de braços com o experimental. Sorte nossa.
No décimo trabalho solo - o cara é workaholic, além de tudo - essas características se definem mais ainda. Um amadurecimento que custou tempo, mas chegou em forma de um disco bom (o terceiro, To Record Only Water for Ten Days) e um sucessor que beira a perfeição, Shadows Collide With People. Daí, John gravou mais três discos no mesmo ano (workaholic, lembra?!), participou de mais uma banda (Ataxia) e ainda excursionou e gravou com o Chili Peppers. Ufa!
The Empyrean foi apresentado oficialmente na semana passada, e traz tudo o que Frusciante vem aperfeiçoando desde Shadows - a psicodelia, ruídos marcantes, as belas melodias, os solos intermináveis e a viagem quase transcendental das músicas longas e reflexivas. Parece descrição de alguma viagem de chá de cogumelos, e talvez seja. Vejam a explicação do próprio para sua obra:

"The Empyrean é uma história que não tem nenhuma ação no mundo físico. Ela ocorre nos espíritos de todas as pessoas ao longo de suas vidas. O único outro personagem é alguém que não vive no mundo físico, mas está lá dentro, no sentido de que ele existe nas mentes das pessoas. A mente é o único lugar que nada pode ser tão verdadeiro para existir. O mundo exterior é apenas conhecido para nós como ele aparece dentro de nós pelo testemunho dos nossos sentidos. A imaginação é o mais real do mundo que nós conhecemos, porque cada um sabe em primeira mão. Ver as nossas ideias tomando forma é como ser capaz de ver o sol nascendo. Não temos equivalência ao grau de pureza disto no nosso mundo exterior. No mundo exterior, parece que cada um de nós somos uma coisa e sempre também uma infinidade de outras coisas. Dentro para fora e de fora para dentro são intermináveis. Tentamos achar uma forma de respirar."

Mas não se assuste. O disco é fácil de ouvir, principalmente com a participação de um time de peso que alimenta uma cozinha afinada com o músico - Flea, o companheiro dos Peppers, toca em metade do disco. E ainda assim, Frusciante é vocal, guitarra, violão, teclados, piano, baixo, sintetizadores, percurssão... sem falar na alma do disco. E acho que assim dá pra definir bem o que tem dele ali, seu empenho total e o desligamento com qualquer tipo de crítica - afora a sua própria.

Confira uma palhinha do disco novo, a bela God



Enjoy it
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Questões xenófobas

Sobre a moça que foi atacada na Suíça e teve o corpo marcado com a sigla de um dos principais e mais antigos partidos do país dos Alpes. No ataque a mulher, grávida de gêmeos, perde as crianças. É brasileira, e para azar da Suíça, é filha de secretário parlamentar. Se tudo for verdade, o que impressiona ainda é o racismo, o preconceito ainda ser tão forte - e não só lá, mas em todo o planeta. Em pleno século 21, isso não deveria mais ser admissível. Mas não: a evolução dos anos não leva o progresso do ser humano junto, e as crises econômicas são muito mais importantes que as crises humanitárias. E elas estão sempre presentes, mesmo pra quem não as vê.

O que irrita mais ainda, quando finalmente algo dessa magnitude vêm à tona de uma forma mais visível (obrigado, mídia!), são os absurdos que se lê, vindos das declarações daquele país, como

"não se pode excluir a possibilidade de autoflagelação. Se essas pessoas (os agressores) são de fato do partido, serão expulsas, mas primeiro precisamos saber se tudo isso de fato ocorreu",

dito por Oskar Freysinger, um dos principais nomes do tal partido, o SVP, sigla de Centro de União Democrática (!!). Li bem? É, Democrática mesmo, com um cartaz assim, ó:


e que sugere a autoflagelação de uma mulher grávida, com as letras de um partido "democrático" - que não quer ninguém de fora do país ali ocupando espaço. Claro, autoflagelação faz todo o sentido. Engraçado foi ela ter ido à polícia, já que os que se autoflagelam não costumam reclamar depois. Imagina a fila depois das procissões religiosas, então! Ah, e tem as letras, que a polícia de lá disse que

"investiga em todas as direções. No comunicado, evitou classificar a agressão como ataque racista e não mencionou que alguns dos cortes no corpo da brasileira formavam a sigla do SVP. Mencionou apenas ferimentos em forma de "letras"

que coincidentemente, eram as mesmas do partido! É, tá certo, acho que não tem nada a ver mesmo. Pura perseguição dessa intrusa brasileira no território. E... ei, aquele ali passando não é o Papai Noel?

Espero sinceramente que a indignação brasileira, por meio dos seus representantes legais, seja mais forte do que simples papéis de fax escritos "estamos chateados com vocês". Nada vai trazer de voltas as crianças, e as cicatrizes dessa moça não serão resolvidas só com plástica. Uma cirurgia mental é necessária por lá.

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Em tempo, o que diz ali no cartaz, enquanto a ovelha branca com cara de mimosa empurra delicadamente a pretinha para fora do terreno suíço, é "para criar segurança". Não seria o contrário? Tá, estou sendo maldoso, desculpe. Mas o solzinho risonho no canto inferior direito é uma graça, não?
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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Expulso, por enquanto

Em parte, concordo com o Peninha, alterego literário do Grêmio, que futebol raça é que é legal. Foi-se o tempo que jogadores tinham trocentos campeonatos para enfrentar e um só time, sem time B, C, D, Z, mais juniores e aqueles guris ali que saíram das fraldas. Não, não, todos jogavam. Hoje é fisioterapia aqui, médico especialista em joelho quebrado ali, e tudo isso acompanhado de conversas, entrevistas, discursos, polemizados ou não. Fora as trovas de pseudo- comentaristas, que mais parecem ter saído de um boteco, embriagados, berrando no rádio ou TV: "estava impedido", "tava nada, tu é cego?" e dê-lhe audiência.

Agora, vejo mais polêmica nos jogos de pelota. Mais assunto pra mídia cair em cima, um tal cartão azul que pode ser efetivado logo, logo. Funciona como intermediário entre os cartões amarelo e vermelho: o sujeito é expulso do jogo por algum tempo, depois volta. É como um castigo moderado, "fica no banco, vê teu time se quebrar durante 15 minutos e aí volta pra tentar consertar a cagada que fizeste. E não chora!". Mas se os juízes já se perdem em explicações de falta violenta ou não pra dois cartões... ainda vão aumentar as opções deles? "Hmmm... deixe ver, foi uma falta dura, mas o sujeito não está sangrando... embora o hematoma seja grande... bom, cartão azul pra zagueiro". E pronto, consciência tranquila. Ao menos até os repórteres invadirem o campo com perguntas novas - viva!

Além do cartão, parece que querem aprovar também mais uma substituição - essa sim, parece interessante e não implica em muitas explicações. É um número a mais, só. Essa substituição extra, porém, será somente em condições excepcionais, como em prorrogações. Parece justo.

Saudades do futebol "raça"

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Não podemo se entrega pros hômi

Eu sabia que não ia ser fácil, e até imaginei uma derrota. Mas foi por pouco, e ainda acredito que o Grêmio tenha chances reais de ganhar o Campeonato Gaúcho. Apesar do Roth, apesar do Simon.

Vamo, vamo, vamo tricolor!!!


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

De leve

Hoje comecei a fechar contas no banco onde fui, por muitos anos, cliente. Comecei, pois não basta pagar tudo, tem que esperar "cair no sistema", taxas, escambau. Mas começou, e até a próxima semana, estarei livre. Fiz maus planejamentos, ok, mas bancos tendem a ser abusivos em seus juros, e seus juros sobre juros que inexplicavelmente aparecem de todos os cantos de um contrato que a gente não lê. Wherever...

Posto isso, fica o aviso: cuidado sempre com os bancos. Simples, mas eficaz.

Me sinto leve

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Ombudsman externo II

Da Zero Hora ponto com:

"Victor diz que vitória no Gre-Nal dará confiança ao grupo"

Não, não!!! Sério?! Eu achava que uma vitória num clássico desmobilizaria o time a ponto de metade dele pedir pra sair, a outra metade se afundar em depressão e perder todos os campeonatos pela frente...

Jogador de futebol deve ter uma cartilha com mais de 500 frases prontas para todo tipo de perguntas, divididas em seções como "Clássico", "Jogo perdido", Campeonato perdido", "Expulsão", "Expulsão depois de discutir com o juiz" e uma das mais importantes, "Expulsão depois de discutir com o juiz, xingar a mãe dele, dar um soco no jogador adversário e empurrão no companheiro de equipe". Mas não há de ser nada, jogador de futebol só fala isso porque as perguntas são, normalmente, as mesmas. "Como se sente com essa derrota?"; "E essa expulsão, acha que prejudica o time?".

O difícil é o jornalista, redator, repórter, filtrar isso de uma maneira nova para o leitor ou ouvinte. Sério, não tinha outra frase pra colocar? Depois de sofrer uma goleada (pô, Grêmio!!!), talvez uma manchete dessas atraia mais leitores. Mas ainda assim, é óbvia demais.

Da redação
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