quinta-feira, 30 de abril de 2009

Saúde!

Me dei conta que minhas preocupações com assuntos públicos se dão mais em termos mais abrangentes, cruzando fronteiras além rua. Não sei se é meu espírito de enxergar além do meu (grande) nariz, e também não sei se isso é bom ou ruim, só sei que me dei conta disso. Os mendigos que ficam à calçada me dão tristeza, mas é uma tristeza comedida, uma coisa que não sei bem explicar, ela some em seguida, e me deixa consternado, e aceito. Não gosto nem um pouco, me entristeço, e aceito. E parto para preocupações mais distantes, alcançando um planeta inteiro, como os testes de fusões que não levará a nada, a não ser, talvez, um pequeno big bang, ou então aos trocentos protocoloes de Kioto que insistem em não seguir.

Agora, por exemplo, a gripe dos porcos. Primeiro, pensei que seria mais uma "aviária", que apesar de existir já não causa calafrios globais. Lembro de ficar com muito mais medo do ebola, o tal vírus criado pro exército que quase fugiu do controle. A pandemia já está instalada, ao menos nas mentes de todos. A preocupação é extrema - não se pode nem dizer "saúde" se alguém espirrar perto. O negócio é fugir. Aí vem a minha mente de novo: isso vai passar, não será nada de muito grave (em termos mundiais, claro), e com certeza teremos tudo sob controle... até a próxima. O que me deixou bastante abatido foi ouvir a notícia de uma criança, nem dois anos, tão frágil, vítima do tal vírus. Não conheci, nem conheceria, mas só a idéia de que alguém com tão pouco tempo de vida tenha partido me entristeceu.

Talvez assim seja a mídia, procurando sempre um meio de chocar: porque, em meio a tantas vítimas, falar de uma criança? Não tiro o mérito da informação, a procura por acalmar a população, orientar e tudo o mais. Talvez isso sirva para nos lembrar que somos, sim, frágeis, que uma gripe, seja de qualquer animal, pode nos derrubar, e que aquele homem dormindo na calçada corra tanto risco quanto os habitantes do México. Talvez seja eu, que não deveria pensar tanto nisso, e que nem deveria estar escrevendo isso... mas quis dividir essa pequena angústia. Amanhã é outro dia, e será melhor. E caso você espirre, saúde, de verdade.
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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sutiã, esse salvador!

As notícias populares são as mais engraçadas, sempre. E algumas não servem só para divertir, mas também... para pensar, vejam só! Como essa aqui:

Metal de sutiã desvia bala em assalto, diz polícia dos EUA
24 de abril de 2009 • 07h40

Uma americana que foi atingida por um disparo sobreviveu graças ao aro de metal de seu sutiã, informou a polícia de Detroit.
Em entrevista ao jornal Detroit News, os policiais disseram que o aro de metal do sutiã desviou a bala.
Uma mulher de 57 anos, cujo nome não foi revelado, estava observando pela janela um assalto à casa de seus vizinhos. Ela foi atingida por um tiro disparado por um dos assaltantes.
A bala estilhaçou a janela, mas não atingiu a mulher graças ao metal do sutiã. Segundo a polícia, a mulher ficou ferida e foi levada ao hospital, mas recebeu alta no mesmo dia.
O crime aconteceu na terça-feira na região oeste de Detroit. Os bandidos conseguiram fugir.
"Nós precisamos de alguns coletes a prova de balas com este material. É um metal muito resistente", disse o policial Eren Stephens Bell ao jornal de Detroit.



Questões a se pensar:

1) Como a polícia nunca pensou em sua tropa utilizar sutiãs ao invés de coletes à prova de balas? Eu digo durante a patrulha.

2) Bacana, a mulher foi lá ver os vizinhos serem assaltados - ajudar que é bom...

3) Às mulheres, não andem mais peladas em casa. Ou não sejam curiosas. Homens que não usam sutiãs, longe das janelas, por favor.

4) E da notícia... eu queria saber dos vizinhos, se também foram salvos por sutiãs!


"Tô protegido"

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terça-feira, 21 de abril de 2009

Autuori vem, mas só em maio

E continua a lambança! O cartolas querem porque quertem o Autuori, descartando Renato Portaluppi, ídolo da torcida e preferido do eterno presidente Fábio Koff. Vem Autuori, os árabes não deixam, então vem Renato, mas dirigentes não querem, vem ninguém, deixa o Rospide, que tem 100% de aproveitamento em dois jogos... ô novela! A Globo não faria melhor. Agora, parece, a definição atontece, mas não é a melhor notícia - ao menos, é arriscado.

Confiando no interino, o tricolor gaúcho deixará o técnico Rospide até a vinda de Autuori, que será somente dia 21 de maio - daqui um mês. Enquanto isso, teremos a última rodada da primeira fase da Libertadores (por laranjas), as oitavas (infarto) e as duas primeiras rodadas do Brasileirão. No total, Rospide treinará o time por mais cinco jogos. Conseguirá ele manter os 100%? Não percam o próximo capítulo da novela "Tu, Autuori, tu".

Aguenta, tricolor!
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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Vamos falar de futebol

Na próxima terça-feira, dia 28 de abril, tem jogo em Porto Alegre. Última rodada para o tricolor gaúcho passar adiante com uma certa sobra para a próxima fase da Libertadores. Ainda sem técnico (por mim, Portaluppi já estava lá!), mas com o time se acostumando... uns com os outros. O Souza até passa pros castelhanos agora!! Vamos ver o que nos aguarda...

E sim, passei um tempo sem postar, mas agora, voltei, voltei! Depois de fissurar em Lost, bem atrasado, resolvi adiantar para tentar alcançar a quinta temporada - estou quase lá! E de volta pra cá, também.

Pelo menos até hoje.

p.s.: acharam que eu ia falar de outro time da capital, né? há!
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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Foi-se o Roth

Então, é isso. Outro grenal perdido, de novo com Índio decidindo... mas dessa vez, ah, dessa vez alguma coisa mudou. Foi-se o Roth. Com a eliminação do gauchão, depois de perder de quatro (ôpa, ôpa) para o Caxias, perder para o arquirival (de novo) e insistir em colocar reservas para jogar, Roth perdeu o cargo, o bom salário e o prestígio (?) que poderia alcançar. Agora, é ver como o Grêmio se sai amanhã contra o Aurora, pela Libertadores, campeonato que ainda dá tempo de salvar, ter um técnico decente para, sei lá, de repente, chegar à final... e ganhar, tchê!!

Ressalva da mídia: ontem, escutando o jogo pelo rádio, não pude deixar de me envergonhar pela profissão de jornalista. Com a virada do Inter sobre o tricolor, os comentaristas, narradores e afins já decretaram que Roth não era mais o técnico - com o jogo correndo, sem aval de diretoria. E até citaram o nome do próximo técnico - que eles gostariam, claro. Antes disso, malhando o técnico de tal forma que deu a entender que quem não queria o homem no cargo eram eles, os jornalistas, e não a torcida ou os dirigentes. Claro, deve valer a pena para depois encher a boca e dizer "a rádio tál deu com exclusividade essa informação antes". Essa é uma grande falha, a prepotência de quem é responsável por transmitir e até opinar, não decidir. A pressão é muito forte, e acabam criando situações constrangedoras sem que elas precisassem existir. Enfim, Roth está fora. Agora é aguardar quem será (ão) o(s) próximo(s).

Para aliviar a tensão, uma notícia leve da mídia feia má e bobona:

Da redação do Terra:

Juiz volta pênalti e dá amarelo por gases

Um árbitro de futebol britânico mandou um jogador repetir um pênalti, depois que um dos adversários teve um ataque de flatulência no momento da cobrança - o "agressor" ainda foi punido com o cartão amarelo.
O drama inusitado aconteceu neste domingo nos arredores de Manchester, no norte do país, na partida entre o Chorlton Villa e o International Manchester FC, pela liga Manchester Publicity.
O árbitro justificou o cartão por "conduta não-cavalheiresca". Na segunda tentativa, o Chorlton Villa converteu a penalidade e acabou vencendo o jogo por 6 a 4.
O técnico do Villa, Ian Treadwell, saiu em defesa de seus comandados, afirmando que normalmente a conduta deles é exemplar. "Um dos nossos jogadores soltou gases e só o juiz ouviu e deu o cartão", disse Treadwell. "O outro jogador perdeu o pênalti porque bateu mal. Não teve nada a ver com qualquer barulho. Eles mesmos ficaram tão chocados como nós pelo motivo."
O técnico afirmou ainda que espera ser contactado pela Football Association, a federação de futebol da Grã-Bretanha, depois que a entidade receber a súmula da partida.
O Chorlton Villa vai ter que pagar 97 libras, o equivalente a R$ 319 por ter sido punido com três expulsões e dois cartões amarelos. "Não jogamos sujo e gostamos de jogar futebol. Não somos coniventes com as atitudes de jogadores, mas esse é um jogo de emoções, e alguns dos jogadores foram expulsos por conversarem com o juiz", disse Treadwell.
Ele lamentou que o episódio tenha acontecido justamente no momento em que o time está sem patrocinador e em busca de um para a próxima temporada. Uma representante do clube adversário, International Manchester FC, afirmou que o clima da partida foi amistoso. "Não houve animosidade. Foi hilariante", disse."

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