sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Curioso, no mínimo


Assisti O Curioso Caso de Banjamin Button, mega-produção (é com hífen?) com Brad Pitt e Cate Blanchet, que conta a história de um bebê que nasce velho e vai rejuvenescendo. Gostei bastante, por juntar vários pontos que agradam numa película: idéia de história interessante, baseada num conto de F. Scott Fitzgerald; ótimos atores; produção dos parceiros do Spilberg; e uma maquiagem e efeitos que valem o ingresso. Seus 150 minutos não cansam, são na medida para acompanhar a (in)maturidade do personagem que não sabe que é velho, e que amadurece com a aparente vantagem que já foi sonhada por muita gente: ficar mais novo, fisicamente. "Queria ter uns vinte anos menos com a experiência de hoje", dizia um amigo meu, na idéia de ter a vitalidade plena da juventude sem os percalços que ela também traz. Mas o filme mostra justamente que isso não importa - e pode até atrapalhar. É mais ou menos como ser imortal, e ver todos os entes queridos à sua volta perecerem - essa idéia também já tem em filme.
Palmas também ao diretor David Fincher, que soube organizar uma história densa e marcante numa linguagem visual leve e descontraída. Tudo para que o personagem principal não seja tão diferente dos demais. E, afinal, quem é o diferente na história? Obviamente, não entregarei as partes cruciais da história para não estragar nenhuma surpresa. Peço apenas que atentem aos detalhes de cada personagem, que na mensagem final mostram-se mais importantes do que aparentavam. O resto, vocês desvendam depois. A certeza é de sair da sessão um pouco mais leve com a história do garoto que, na contramão da linearidade de vida como a conhecemos, passa uma bonita mensagem de uma outra vida que não deve ficar só na ficção.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário